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I SÉRIE — NÚMERO 38

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O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. LuísMontenegro (PSD): — Termino, dizendo o seguinte, Sr.as e Srs. Deputados: o Dr. António Costa

não trouxe à Assembleia da República o retrovisor para a Deputada Assunção Cristas, mas, às escondidas,

acho que ele ofereceu a cada Deputado que se senta na bancada do PS, do PCP e do Bloco do Esquerda um

retrovisor, porque eles só olham para trás, só são oposição ao Governo anterior.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Isso, nas palavras do Dr. António Costa, é muito poucochinho,…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para terminar, Sr. Deputado Luís Montenegro. Já excedeu largamente o tempo

de que dispunha.

O Sr. LuísMontenegro (PSD): — … mas, nas minhas palavras, quero dizer-vos: é triste!

Aplausos do PSD, de pé, e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos entrar no período regimental de votações.

Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum de deliberação, utilizando o sistema eletrónico.

Pausa.

O quadro eletrónico regista 199 presenças, às quais se acrescenta a presença dos Srs. Deputados Jorge

Campos e Luís Monteiro, do BE, Miguel Tiago, do PCP, Luísa Salgueiro, Joaquim Barreto, Luís Graça, Miranda

Calha, Vitalino Canas, João Galamba e João Gouveia, do PS, Hugo Lopes Soares, Manuel Frexes, José de

Matos Correia e Rui Silva, do PSD, Isabel Galriça Neto, Teresa Caeiro e Álvaro Castello-Branco, do CDS-PP,

perfazendo 216 Deputados presentes, pelo que temos quórum para proceder às votações.

Srs. Deputados, vamos começar pelo voto n.º 195/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento do Prof. Daniel

Serrão (CDS-PP), que vai ser lido pelo Sr. Secretário António Carlos Monteiro.

O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«A morte do Professor Daniel Serrão, no passado dia 8 de janeiro, é uma notícia triste, mas que nos convoca

para a grandeza da vida deste médico e para o seu legado — um mestre que levou a ética às fronteiras da vida

e aos limites da ciência médica.

Nascido em Vila Real, em 1928, licenciou-se em Medicina na sua Faculdade de Medicina da Universidade

do Porto, tendo sido doutorado em 1959. Professor Catedrático de Anatomia Patológica jubilou-se em 1998,

sendo uma referência da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Após o seu saneamento em 1974, anulado um ano depois pelo Conselho da Revolução, montou e dirigiu um

Laboratório de Anatomia Patológica. Exerceu funções na Ordem dos Médicos, no Senado Universitário, no

Comité Internacional de Bioética da UNESCO, no Comité Diretor de Bioética do Conselho da Europa, em

representação de Portugal, na Comissão de Fomento da Investigação em Cuidados de Saúde, do Ministério da

Saúde, entre muitos outros.

Foi membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e da Academia Pontifícia para a Vida,

por convite de João Paulo II.

Daniel Serrão discutia e estudou a vida como humanista, filósofo e cientista com uma visão global, sem

barreiras, sobre tudo o que é humano, seja pelo percurso da ciência, ou pelo seu caminho de Fé, entre a natureza

e a transcendência dedicou-se ao outro, ou seja, a todos.

A ética, dizia, é a capacidade de conhecer o mundo, transformando o conhecimento em valores e com eles

orientar as decisões livres e conscientes.

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