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28 DE JANEIRO DE 2017

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Ora, consideramos que aquilo que seria importante era gerar maior produtividade e incentivar as espécies

autóctones do nosso País, e não o eucalipto, criando, assim, uma floresta mais resistente aos incêndios

florestais.

Para além disso, aquele montante para os eucaliptos o que vai fazer, na prática, é financiar as grandes

celuloses, que já têm lucros bastantes para fazer os seus próprios projetos de investimento.

Como sabe, Sr. Primeiro-Ministro, Os Verdes e o Partido Socialista têm vindo a trabalhar para não permitirem

a continuação da expansão da área do eucalipto, que, aliás, estava a tomar conta das nossas florestas. E não

nos parece congruente que se criem estes caminhos de apoio ao eucaliptal. Portanto, Sr. Primeiro-Ministro,

gostaria que se pronunciasse sobre esta matéria.

O Governo espanhol, como sabe, desrespeitou completamente Portugal ao ignorar o nosso País quanto aos

impactos transfronteiriços da construção de um armazém para resíduos nucleares, que visa prolongar o

funcionamento da central nuclear de Almaraz.

O incidente diplomático e a gravidade da situação são preocupantes, por isso, Sr. Primeiro-Ministro, aquilo

que lhe pergunto é o seguinte: para além das diligências que têm vindo a ser desencadeadas pelo Sr. Ministro

do Ambiente, gostaria de saber se o Sr. Primeiro-Ministro não considera que seria também oportuno que o Chefe

do Governo pudesse exercer alguma pressão para que a segurança do nosso território, do ambiente e das

populações fosse assegurada, com a defesa do encerramento da central nuclear de Almaraz.

Aplausos do PAN.

Por fim, Sr. Primeiro-Ministro, quando falamos de transportes públicos, estamos a falar de um elemento

absolutamente decisivo no combate às alterações climáticas e também na necessidade de dar resposta aos

compromissos que assumimos em relação a essa matéria no plano internacional, sobretudo com o anúncio feito

pelo Sr. Primeiro-Ministro durante a COP de Marraquexe.

Exatamente por causa disso, Os Verdes consideram que o investimento no transporte público deve merecer

uma prioridade absoluta.

Bem sabemos que o problema não é de agora — basta ver como o Governo anterior, do PSD e do CDS,

deixou os transportes públicos quando abandonou o poder —, mas hoje os transportes públicos continuam a

prestar um serviço que está muito longe de responder às necessidades dos utentes, o que significa que estamos

a afugentar as pessoas da utilização dos transportes públicos. Portanto, assim, certamente, não vamos lá!

Nós sabemos que não é fácil, nem as coisas se resolvem de um dia para o outro, mas…

O Sr. Presidente: — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Como estava a dizer, nós sabemos que não é fácil, nem as coisas se resolvem de um dia para outro, mas,

uma vez que o Governo assumiu o compromisso de proceder a um forte investimento nos transportes públicos,

Os Verdes consideram que é chegada a altura de o Sr. Primeiro-Ministro poder fazer um balanço desse

compromisso e do grau da sua concretização.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Luís Ferreira, antes de mais, agradeço as

suas questões.

Relativamente ao eucalipto, como sabe, no final deste mês, conclui-se a discussão pública do «pacote»

relativo à floresta, que prevê a limitação do alargamento da área. E a limitação do alargamento da área de

plantação de eucalipto justifica-se, além de tudo mais, porque as metas que já estavam previstas, de acordo

com a Estratégia Nacional para as Florestas, e que eram as de que alcançássemos, em 2030, cerca de 812 000

ha, já foram alcançadas. Portanto, não faz qualquer sentido alargar essa área. Aquilo que faz sentido, isso sim,

é poder melhorar a produtividade na área já plantada. E é preciso termos a noção do seguinte: vamos investir

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