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I SÉRIE — NÚMERO 44

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décadas a proteger as florestas e os territórios da comunidade que liderava, cuja devastação tem servido

maioritariamente a produção agropecuária intensiva, nomeadamente através da monocultura de soja

transgénica para alimentação de gado.

O assassinato de Baldenegro vem reforçar o perigo a que os ambientalistas estão expostos um pouco por

todo o mundo, e principalmente na América Latina, uma área do planeta subordinada a políticas extrativistas

que continuam a promover e a fechar os olhos ao impacto nocivo do uso de energias não renováveis e não

limpas, da produção de alimentos com práticas agrícolas tóxicas e insustentáveis e da contínua subjugação do

bem comum aos interesses económicos, ameaças ambientais que, aliás, se alargam aos restantes continentes

e que continuam a ser consentidas também no nosso País.

Isidro Baldenegro deixou-nos sem saber se algum dia conseguiria finalmente garantir a proteção consolidada

das culturas indígenas e das suas florestas intactas, que infelizmente continuam a desaparecer a uma

velocidade devastadora. Mas deixou-nos também um legado que marcou e continuará a marcar o trabalho e a

resiliência de gerações de ativistas e de organizações não-governamentais de ambiente. Isidro Baldenegro é

um exemplo para todos aqueles que diariamente questionam os pilares que sustentam o modelo hegemónico

da globalização extrativista. Isidro Baldenegro deixou-nos cedo demais. É nosso dever continuar o seu trabalho

no mais mínimo contributo que possamos oferecer.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária em 27 de janeiro de 2017, expressa o seu mais

profundo pesar por este triste acontecimento e presta homenagem a Isidro Baldenegro, à sua família e ao povo

mexicano.»

O Sr. Presidente: — Vamos votar este voto, Srs. Deputados.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Segue-se o voto n.º 203/XIII (2.ª) — De pesar, assinalando o Dia Internacional de Memória das Vítimas do

Holocausto (PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP, Os Verdes e PAN).

Peço ao Sr. Secretário Duarte Pacheco para proceder à sua leitura.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Por ocasião dos 60 anos da libertação de um dos mais emblemáticos campos de concentração nazi, o de

Auschwitz-Birkenau, a Organização das Nações Unidas consagrou, em 2005, 27 de janeiro como o Dia

Internacional de Memória das Vítimas do Holocausto. De acordo com a Resolução aprovada pela Assembleia-

Geral, pretende-se não só homenagear a memória de todas as vítimas que perderam a vida às mãos de uma

das piores formas de totalitarismo que o Mundo conheceu, mas também promover a educação dos jovens sobre

um dos períodos mais trágicos da Humanidade.

No espírito desta evocação internacional, a Assembleia da República renova, hoje, e pelo sétimo ano

consecutivo, o seu compromisso em preservar e promover a sua memória e educação nas escolas e

universidades, comunidades e outras instituições, “para que gerações futuras possam compreender as causas

do Holocausto e refletir sobre as suas consequências”, por forma a prevenir qualquer repetição de atos de

genocídio.

Nos tempos conturbados que vivemos, e perante o ressurgimento de fenómenos dramáticos de racismo,

ódio, discriminação e antissemitismo, reveste-se de uma enorme importância assinalar este dia e o seu

propósito.

Assim, a Assembleia da República presta a sua homenagem a todas as vítimas do Holocausto, lembra esta

data, confirmando a sua responsabilidade em não esquecer, e manifesta a sua profunda preocupação sobre a

reemergência de movimentos xenófobos, racistas e antissemitas.»

O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Secretário.

Srs. Deputados, além de alguns representantes de embaixadores, encontram-se presentes numa galeria, a

assistir à sessão, os Srs. Embaixadores da Alemanha, da Áustria, da Geórgia, da Moldávia, da Estónia, da

Roménia, da Turquia, do Canadá e da Ucrânia e a Sr.ª Embaixadora de Israel.

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