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I SÉRIE — NÚMERO 47

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Relativas aos projetos de resolução n.os 29/XIII (1.ª) e 489 e 635/XIII (2.ª):

No final da década de 80, estava prevista a eletrificação da Linha da Lousã e a aquisição de novo material

circulante. O projeto incluía a construção de um túnel, na zona da portagem em Coimbra, com o objetivo de

evitar a circulação dos comboios à superfície na zona central da cidade. O Governo tinha realizado várias obras

de melhoria na linha, incluindo a construção de novos apeadeiros, e preparava-se para realizar este

investimento.

Para a construção do túnel foi assinado um protocolo entre a Câmara de Coimbra e o Governo. O Presidente

da Câmara de Coimbra era o Eng.º Moreira, eleito pelo PSD, e o Primeiro-Ministro o Professor Aníbal Cavaco

Silva.

Posteriormente, existiram eleições autárquicas, passando o município de Coimbra a ser gerido pelo

Presidente, Dr. Manuel Machado, eleito pelo Partido Socialista.

O novo executivo na Câmara de Coimbra preferiu uma solução de elétrico rápido, em substituição da solução

prevista pelo Governo e pelo Presidente anterior.

Face à oposição da Câmara Municipal de Coimbra à construção do túnel, foi decidido, com a concordância

das autarquias, substituir o projeto de ferrovia tradicional por um projeto de elétrico ligeiro/metro de superfície

que incluiria a linha da Lousã (Serpins — Coimbra B), mas também uma nova linha dentro da cidade que faria

a ligação ao Hospital da Universidade de Coimbra. As três Câmaras eram, na altura, geridas por Presidentes

eleitos pelo Partido Socialista.

O projeto da Metro-Mondego inclui, por esta razão, duas componentes. Uma refere-se à linha, denominada

«suburbana», entre Serpins e Coimbra B, correspondente ao traçado da linha ferroviária centenária do Ramal

da Lousã, que foi interrompida em janeiro de 2010. A outra componente refere-se a uma nova linha a construir,

denominada «linha do Hospital».

Para implementar este novo projeto foi criada a sociedade Metro-Mondego.

Em 1989, foram aprovados os primeiros estatutos da Metro-Mondego pelas Câmaras Municipais.

Em 2000, foram alterados os estatutos da sociedade, deixando as autarquias de ser maioritárias, papel esse

que foi assumido pelo Estado.

Realizaram-se vários projetos e muitos estudos.

Em janeiro de 2002, foram publicadas as primeiras bases de concessão e em dezembro de 2004 foram

publicadas novas bases de concessão. As obras na linha foram sendo sucessivamente adiadas. Os estudos

foram-se sucedendo.

Em 2002 e em 2005, foram abertos concursos, os quais foram posteriormente anulados.

A população continuava a ser servida pela Linha da Lousã, através de um sistema que não era o desejado,

mas que funcionava e que transportava mais de 1 milhão de passageiros por ano.

Posteriormente, o Governo liderado pelo Eng. José Sócrates decidiu separar o processo em duas fases

distintas: uma correspondente ao Ramal da Lousã, entre Serpins e Coimbra B, a ser desenvolvida em

empreitadas tradicionais que seriam realizadas a partir da colaboração entre a Metro-Mondego, a REFER e a

CP e em que seria utilizado material circulante do tipo «tram-train» elétrico; a outra, correspondente à linha do

Hospital, a ser desenvolvida pela Metro-Mondego e na qual poderia ser utilizado material circulante mais ligeiro.

O material circulante «tram-train» também poderia circular na nova linha.

Por decisão do Governo do Partido Socialista e dado que os projetos não tinham todos a mesma maturidade,

a obra foi decomposta em várias fases.

Durante o ano de 2008 e 2009, foram lançados os concursos e executadas as obras referentes à construção

dos interfaces de Miranda do Corvo, Lousã e Ceira.

Em 2009, foram também lançados os concursos para os dois primeiros troços da linha.

Em 2009 e 2010, foram lançados os concursos para outros troços, para o material circulante, para a

sinalização, ligações elétricas e telecomunicações e para o parque de máquinas e oficinas.

O compromisso perante a população passava por suspender a circulação e executar as obras durante dois

anos, colocando o metro do Mondego a funcionar no Ramal da Lousã até ao final de 2012. As obras da nova

linha dentro da cidade demorariam mais algum tempo.

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