O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 47

56

Propondo, ainda, a criação de uma autoridade intermunicipal de transportes, uma nova calendarização para

o projeto, decomposta em três fases (a primeira, até final de 2018; a segunda, até final de 2019; e a terceira,

que corresponderia à linha do Hospital, a concluir até final de 2020) e a garantia do serviço rodoviário alternativo.

Em todas estas propostas e apesar das suas diferenças, o Grupo Parlamentar do PSD votou a favor.

Somos de opinião que, neste momento, o importante é resolver o problema. As pessoas estão sem o seu

transporte em ferrovia há sete anos. O PS, o PCP, os Verdes e o BE, partidos que suportam o Governo, devem-

se entender e escolher a melhor solução. Em nossa opinião, a solução tanto pode passar por um transporte em

ferrovia mais tradicional como pode passar por uma solução em ferrovia do tipo da que estava prevista e para a

qual já foram realizadas obras em cerca de 30 km, parecendo-nos ser esta ultima a melhor opção. Estamos,

inclusivamente, disponíveis para ouvir outras hipóteses, nomeadamente de simplificação de traçado. O que não

queremos é demagogia e desculpas para continuarem com esta indecisão, enquanto as pessoas continuam

sem o seu sistema de transporte.

O que não queremos é mais estudos e projetos que apenas conduzem a mais custos.

Por esta razão, votámos a favor dos três projetos de resolução. Ficámos muito preocupados com a votação

do Partido Socialista, do PCP, de Os Verdes e do BE.

Todos estes partidos demonstraram posições intransigentes. Demonstraram que a união que tiveram para

sustentar o Governo e aprovar os seus Orçamentos não existe quando estamos perante uma causa da maior

justiça como é a reposição do sistema de mobilidade na Linha da Lousã.

Estes partidos, e à semelhança do que fizeram para sustentar o Governo, devem entender-se e escolher a

melhor solução. Não faz sentido estes partidos andarem a apresentar soluções divergentes, opondo-se às outras

soluções. Essa atitude demonstra demagogia e pouca vontade de resolver.

O problema resolve-se se o Governo atual o quiser resolver.

A grande questão prende-se com a existência ou não de vontade por parte do Governo para resolver.

O facto de ter sido um Governo do Partido Socialista que criou este grave problema ainda proporciona maior

responsabilidade ao atual Governo.

Esperamos, por todos estes motivos mas, sobretudo, pelo sofrimento de mais de 1 milhão de passageiros,

que ficaram privados do seu sistema de transporte, que o Governo, rapidamente, decida a solução e dê

continuidade às obras na Linha da Lousã.

O Grupo Parlamentar do PSD, Fátima Ramos — António Costa Silva — Manuel Rodrigues — Fernando Negrão — Luís Leite Ramos — Maria Manuela Tender — Firmino Pereira — Carlos Silva — Álvaro Batista —

Carla Barros — Manuel Rodrigues — Emília Cerqueira — Paulo Neves — Isaura Pedro — José Carlos Barros

— António Ventura — Margarida Mano — Maurício Marques — Cristóvão Crespo.

——

O Bloco de Esquerda votou favoravelmente os projetos de resolução n.os 29/XIII (1.ª) — Recomenda ao

Governo a reposição urgente da mobilidade ferroviária no Ramal da Lousã (Os Verdes) e 635/XIII (2.ª) — Início

das obras de reposição, modernização e eletrificação do Ramal da Lousã (PCP), porque entende que ambos

defendem um direito essencial de que foram privadas as populações dos concelhos da Lousã e de Miranda do

Corvo a uma ligação ferroviária moderna e de qualidade que substitua a velha automotora a diesel entre Lousã

e Coimbra, sendo que o projeto de resolução n.º 489/XIII (2.ª), do Bloco de Esquerda, defende precisamente a

mesma prioridade.

Para o Bloco de Esquerda, é todo o compromisso assumido pelo Estado português para com as populações

daqueles dois concelhos e também do concelho de Coimbra — traduzido, neste último caso, numa linha urbana

de ferrovia ligeira — que se impõe cumprir. Aceitar o incumprimento de qualquer parte desse compromisso seria,

no entender do Bloco de Esquerda, uma cedência muito negativa para as populações dos três concelhos.

Aceitando que o cumprimento do referido compromisso possa ser faseado no tempo, queremos significar com

a nossa votação que nos empenhamos na união de todas as forças que convergem na atribuição de prioridade,

no quadro desse processo, à urgente retoma de uma ligação ferroviária de qualidade entre a Lousã e Coimbra.

As Deputadas e os Deputados do Bloco de Esquerda.

——

Páginas Relacionadas
Página 0047:
4 DE FEVEREIRO DE 2017 47 Passamos, agora, à votação dos pontos 1 a 3 do projeto de
Pág.Página 47