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I SÉRIE — NÚMERO 52

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Por outro lado, é também preciso a ajuda, não só económica e financeira, a clubes e federações que, muitas

vezes, não sendo só de dinheiro que precisam, precisam de outros apoios que todos nós, se pudermos, devemos

dar.

De resto, este é um tema que, como já disse, está muito longe de estar na agenda política e mediática e, por

isso, o património, o espólio desportivo português, que é uma das componentes da nossa matriz cultural —

também faz parte dela —, deve ser preservado e protegido.

Por isso, entendemos que o CDS se deve associar a esta iniciativa do PSD. Gostávamos que, de facto, o

Governo pudesse apresentar esta estratégia integrada de responsabilidade do Estado na gestão do património

desportivo português.

Estamos disponíveis para o debate e para dar o nosso contributo no âmbito da discussão pública que se

espera que o Governo entenda fazer com as entidades indicadas e, sobretudo, nesta Assembleia. Cá estaremos

para apoiar esta iniciativa e para fazer o debate que é preciso nesta matéria, não esquecendo que a atividade

física e o desporto são, realmente, muito importantes para o desenvolvimento quer da sociedade, quer do ser

humano.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem, agora, a palavra, ainda para uma intervenção, o Sr. Deputado

Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O debate que aqui nos é lançado

pelo Grupo Parlamentar do PSD é um debate que tem a sua relevância, em primeiro lugar, porque apela à

memória que temos da atividade desportiva, nos seus mais diversos níveis. E fá-lo até, creio eu, não deixando

por terra os movimentos mais humildes, ou seja, muitas associações de bairro e de freguesia que promoveram

a entrada no desporto de muitos jovens e de muitas jovens, e até de muitos menos jovens, e no contexto de

uma memória coletiva do nosso País, no que toca à prática desportiva. É uma boa intenção e creio que poderia

ser mais ambicioso na aplicação destas ideias.

O Bloco de Esquerda considera que é essencial valorizar aqueles que dedicaram a sua vida para que

gerações e gerações pudessem ter acesso ao desporto. Muitas associações foram fundadas ao longo de

décadas em torno da atividade desportiva, em torno da atividade cultural e em torno da capacidade de congregar

os esforços da comunidade para promover, junto das crianças, práticas que pudessem melhorar a sua qualidade

de vida.

É óbvio que a gestão do património desportivo e da sua memória vai muito para além desta atividade mais

quotidiana, mais corriqueira, mais próxima das populações. Há hoje, quer na parte olímpica, quer na parte das

federações, uma atividade profissional que demonstra os saltos que foram dados no nosso País neste domínio.

Em todo o caso, não podemos deixar cair por terra os espaços, as memórias, as atividades que localmente

fizeram o seu caminho.

Queria terminar esta intervenção fazendo um apelo a alguma lembrança e a alguma memória histórica dos

agentes desportivos e da população em geral do que foram estes últimos quatro anos de governação PSD e

CDS. Tivemos um ataque brutal ao financiamento público ao desporto, particularmente às pequenas

associações desportivas, feito diretamente, através da redução dos apoios às federações, e indiretamente,

através da redução dos apoios às autarquias e às juntas de freguesia, que eram, muitas vezes, quem garantia

esta atividade quotidiana.

Tivemos também um ataque ao rendimento das pessoas e, por isso, à capacidade de disporem de meios

para levarem as suas crianças, os seus jovens, os menos jovens, a poderem ter uma prática desportiva mais

despreocupada e mais desligada das restrições económicas.

Tivemos, ainda, um ataque aos direitos laborais, restringindo, e muito, a capacidade de as pessoas

usufruírem destes espaços nos seus tempos livres, e, já agora, às efemérides que, muitas vezes, marcavam

esta memória desportiva.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exatamente!

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