O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 DE FEVEREIRO DE 2017

29

Quanto à situação mais recente, de Almaraz — embora não seja a mesma coisa, está umbilicalmente ligada

—, o PSD teve iniciativas concretas sobre o assunto e não se inibiu de se manifestar contra o alargamento da

produção nuclear em Almaraz por mais 30 anos e a construção daquele armazém. Aliás, o PSD apresentou

propostas e as mesmas foram aprovadas por unanimidade nesta Assembleia da República.

Isto, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, para dizer que o PSD não tem tido quaisquer limitações quanto ao seu

posicionamento nesta matéria. E essas são as decisões certas!

Mas o tema que nos é colocado por Os Verdes deixa-nos aqui algumas dúvidas. Se tomarmos a decisão

proposta, ela será uma decisão unilateral, perante acordos internacionais que o Estado português estabeleceu,

o que significa interferir diretamente no mercado ibérico de energia, significa ir contra as regras europeias com

que nos comprometemos. Sabe disso, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia?!

Se aprovássemos esta iniciativa de Os Verdes, estaríamos a interferir em decisões de um Estado soberano,

como é o caso da Espanha.

Por outro lado, se adotássemos essa posição, ela seria também ineficaz. Ora, vejamos: num mercado em

que as interconexões (importações e exportações de energia) existem com total fluidez e transparência, seria

de todo impossível determinar a origem, a fonte da energia. Portanto, estamos perante uma situação de difícil

avaliação e, claro, ineficaz.

Mas, indo por este caminho, entraríamos no campo do isolacionismo de Portugal. É isto que Os Verdes

querem?!

Mais grave: este modelo ibérico, que tem sido benéfico para Portugal, seria gravemente atingido. É este o

objetivo de Os Verdes?!

Para quem, como Portugal, quer exportar energia elétrica para a Europa (porque, felizmente, tem recursos

com forte potencial), encontraria uma barreira muito elevada, provavelmente intransponível nos Pirenéus.

Pergunta-se ao Partido Ecologista «Os Verdes», para terminar, se avaliou bem estas questões. Estarão Os

Verdes disponíveis para colocar em causa o modelo ibérico de produção e comercialização de energia?

Estarão Os Verdes disponíveis para quebrar acordos internacionais com que Portugal se comprometeu?

Estarão Os Verdes disponíveis para ir contra a União Europeia?

Sinceramente, parece-nos uma proposta totalmente ineficaz.

Com esta ideia, estaríamos a transformar Portugal numa verdadeira «jangada de pedra».

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem, agora, a palavra o Sr. Deputado André

Silva.

O Sr. André Silva (PAN): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Para darmos respostas aos desafios da

política energética que Portugal enfrenta, o PAN considera que o Estado deve ser mais ativo, dinâmico, mas,

sobretudo, corajoso. É imperativo repensar o nosso modelo de produção e consumo energético.

No ano passado, ficou demonstrado como possível sermos mais independentes de energia fóssil ou nuclear.

Durante quatro dias consecutivos, o consumo interno de eletricidade do País baseou-se apenas em fontes de

energias renováveis nacionais. Este marco reforça o que temos a vindo a afirmar, que é possível tornar o País

totalmente fornecido por energias renováveis e realmente limpas. Haja vontade e coragem política.

Mas esse caminho só é possível se também concretizarmos um projeto de sociedade que vise a

independência energética dos cidadãos e das comunidades. E esta visão não se coaduna com o modelo

energético atualmente dominado por corporações que vivem de rendas sanguessugas que corroem o interesse

dos cidadãos e a sustentabilidade do ambiente.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem, agora, a palavra, também para uma intervenção, o Sr. Deputado

Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Esta discussão, pela sua própria

natureza, exige uma abordagem integrada, coerente, que considere a política energética como elemento

estruturante do desenvolvimento e da segurança e soberania de um país.

Páginas Relacionadas
Página 0003:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 3 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs.
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 53 4 Nesta proposta, o Governo concilia ainda a tran
Pág.Página 4
Página 0005:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 5 O Sr. MiguelTiago (PCP): — Não podemos é deixar os bancos
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 53 6 O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Por isso, d
Pág.Página 6
Página 0007:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 7 O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção,
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 53 8 O primeiro é que é importante sancionar, mas é
Pág.Página 8
Página 0009:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 9 persistência do PCP deu os seus frutos e, em breve, o pag
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 53 10 000 empresas, levando, neste ano, a uma reduçã
Pág.Página 10
Página 0011:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 11 O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — Foi o PSD que aument
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 53 12 O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — Peço só um
Pág.Página 12
Página 0013:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 13 Aplausos do PS. Portanto, o Governo, olhand
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 53 14 Na anterior Legislatura, foi em nome das PME q
Pág.Página 14
Página 0015:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 15 simplesmente, a tentar corrigir aquela que foi a conduta
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 53 16 O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapass
Pág.Página 16
Página 0017:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 17 Para apresentar o projeto de resolução do PS, tem a pala
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 53 18 parte do ano longe das suas famílias, o serem
Pág.Página 18
Página 0019:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 19 Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD apresenta
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 53 20 Mas isto não pode pôr em causa, como é evident
Pág.Página 20
Página 0021:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 21 Portanto, não beneficiou, nem os residentes, nem o Estad
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 53 22 Região Autónoma dos Açores, em que os resident
Pág.Página 22
Página 0023:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 23 Temos toda a disponibilidade para, em sede de especialid
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 53 24 O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Sr.ª Presiden
Pág.Página 24
Página 0025:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 25 empresários investirem, porque recua na reforma do IRC,
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 53 26 Atendendo ainda aos mesmos critérios, outras e
Pág.Página 26
Página 0027:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 27 O Sr. Deputado acha que há 18 000 grandes empresas em Po
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 53 28 Já é sobejamente conhecido que o nuclear acarr
Pág.Página 28
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 53 30 Para o PCP, a política energética deve ter com
Pág.Página 30
Página 0031:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 31 Tudo o que se tem passado nos últimos meses é lamentável
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 53 32 Pausa. O quadro eletrónico regis
Pág.Página 32
Página 0033:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 33 utilização da tortura na Síria (PS) e n.º 229/XIII (2.ª)
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 53 34 O Sr. Francisco Rocha (PS): — Sr. Presidente,
Pág.Página 34
Página 0035:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 35 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 53 36 Sr. Presidente, Srs. Deputados: A República Ár
Pág.Página 36
Página 0037:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 37 Como também sabemos, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputa
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 53 38 O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos vota
Pág.Página 38
Página 0039:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 39 Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 53 40 O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputa
Pág.Página 40
Página 0041:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 41 continuam a assegurar as condições para o fabrico e a co
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 53 42 Uma guerra de agressão que tem vindo a ser sus
Pág.Página 42
Página 0043:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 43 Segue-se a votação, na generalidade, da proposta de lei
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 53 44 Segue-se a votação, na generalidade, do projet
Pág.Página 44
Página 0045:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 45 A Sr.ª Emília Santos (PSD): — Para fazer uma declaração
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 53 46 Um primeiro aspeto a registar é que a unanimid
Pág.Página 46
Página 0047:
18 DE FEVEREIRO DE 2017 47 Portanto, Sr. Presidente, o CDS congratula-se por esta u
Pág.Página 47