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I SÉRIE — NÚMERO 62

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De resto, aproveito para, em relação aos votos em discussão, iniciar a minha intervenção em jeito de

interpelação a V. Ex.ª, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Nesta minha interpelação, queria dizer o seguinte: sei que, neste caso, a

culpa não é sua — …

Risos do CDS-PP.

… já o reconheci —, mas, Sr. Presidente, a fórmula de discussão que estamos a adotar, a de mistura dos

votos, dispondo cada grupo parlamentar de 4 minutos para intervir sobre a Hungria, sobre a Universidade Nova,

sobre a Patrícia Mamona e não sei mais o quê, não é método.

Vozes do CDS-PP: — É verdade!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Trata-se de uma enorme confusão, que resulta — não estando nós numa

«república das bananas» —, obviamente, numa banalização da figura regimental dos votos.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Por outro lado, Sr. Presidente, a apresentação de muitos destes votos é

uma espécie de debate ideológico — um exercício que, do nosso ponto de vista, é errado —, quase de

diplomacia paralela, por assim dizer. Vamos a tudo quanto é política internacional para fazer diplomacia paralela,

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — sendo, normalmente, um dos temas aqui tratados relativo a votos sobre

as duas Coreias, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.

Diria mesmo que a única coisa que é superior à escalada de tensão entre as duas Coreias é a escalada de

tensão de votos entre as bancadas neste Hemiciclo. É a única coisa que é superior, Sr. Presidente!

Aplausos do CDS-PP.

Às vezes, a discussão dos votos vai dos Caretos de Podence ao Podemos…

Risos do PSD.

…ou, se quisermos, da alheira de Mirandela à diplomacia paralela. É uma confusão total e absoluta!

Quem olhar para este debate que estamos a ter não só não vai perceber nada, como vai achar que chegou

à Babilónia. É a Babilónia instalada no debate político!

Risos do CDS-PP.

Sr. Presidente, no tempo que me resta, que não é muito, e pedindo até a colaboração dos ilustríssimos

colegas e parlamentares, gostaria de dizer o seguinte: este é o método que temos, mas entendo que a

Conferência de Líderes terá de pensar sobre esta questão. Isto acaba por ser a negação do debate, porque não

há contraditório, não há debate, um fala de uma coisa, outro fala de outra,…

O Sr. António Filipe (PCP): — E há quem não fale de nada!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … outro responde com outra… É a confusão absoluta.

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