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I SÉRIE — NÚMERO 90

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Mas preservar tradições, usos e costumes implica manter a população a viver nas vilas e nas aldeias, uma

população que se reproduza e transmita esses saberes às novas gerações.

Para além disso, há que investir na fixação da população, financiar as atividades que sempre deram vida às

aldeias, como a agricultura, a pastorícia, a exploração da floresta pela produção em si, mas também com um

objetivo mais largo de manutenção, preservação da paisagem, limpeza dos terrenos como forma de prevenção

dos fogos, que é um ativo importante para o turismo, e manutenção de caminhos e trilhos, para preservar as

tradições de modo a oferecer experiências únicas e autênticas aos visitantes.

Podemos implementar uma estratégia que aproveite estas tendências e responda à necessidade de

ocupação equilibrada do território.

Já tivemos, nesta Casa, iniciativas avulsas que defendiam a preservação do modo de fabrico tradicional de

determinados produtos — lembro-me da alheira e da aguardente de medronho —, mas isto pode ser enquadrado

numa visão global, de salvaguarda do mundo rural e das suas tradições.

O Sr. PedroFilipeSoares (BE): — Muito bem!

O Sr. PaulinoAscenção (BE): — Há que atrair os turistas para fora dos grandes centros, aprender com os

bons exemplos que funcionam, como é o caso do turismo no Douro Vinhateiro, que aproveita a navegação fluvial

e a ferrovia para distribuir os turistas a partir da cidade do Porto.

Além da promoção que já é feita, novas ações podem encetar-se nos pontos de entrada e nos principais

polos de afluxo de turistas, publicitando os territórios do interior. Falo, por exemplo, das filas para a entrada dos

grandes e principais monumentos.

Deixo uma nota para a importância das acessibilidades, para a recuperação das ferrovias, para a questão

das portagens, numa lógica que dê preferência ao transporte coletivo. O exemplo que a Sr.ª Secretária de Estado

referiu dos rent-a-car com automóveis elétricos tem o seu interesse, mas não resolve a questão, por exemplo,

do congestionamento.

Por fim, deixo uma nota para a importância da autonomia das regiões de turismo, da estabilidade do seu

funcionamento, da sua denominação e das campanhas de promoção. As inovações neste campo nem sempre

são aconselháveis.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Hortense Martins,

do PS.

A Sr.ª HortenseMartins (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: «O sucesso do turismo em Portugal

é casestudy na Europa» — acabei de citar uma frase que consta de um artigo que saiu hoje e que revela a

opinião da Comissão Europeia de Viagens acerca do caso português. Isto é algo de muito, muito, importante,

porque não é só esta entidade que o diz. À semelhança da OCDE (Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Económico) e da OMT (Organização Mundial de Turismo), o caso português é dado como um

exemplo a replicar, e não é coisa fácil, Sr.as e Srs. Deputados.

Aliás, a Comissão Europeia de Viagens também refere o seguinte: «Vemos que Portugal, nos últimos meses,

cresceu de forma muito impressionante no turismo, tanto em número de chegadas, como de dormidas, e o

retorno do investimento é igualmente muito positivo. O Turismo de Portugal está a fazer um bom trabalho na

promoção». Este é exatamente um ponto essencial e que tem a ver com a estratégia de turismo desenvolvida

pelo Governo e protagonizada pela Sr.ª Secretária de Estado do Turismo.

Esta é uma questão que advém de uma parceria financeira entre o sistema público e a indústria privada do

turismo, e não é algo fácil, como muito bem foi referido, e nem sequer acontece em todos os países.

Devo referir que Portugal, contrariamente ao que algumas vozes já aqui referiram, ainda tem capacidade

para crescer. Portugal tem taxas de ocupação de hotéis que vão pouco mais além dos 50%.

Refiro, ainda, que o turismo se tem afirmado cada vez mais como um setor de importância decisiva na

economia portuguesa e deve ser tratado como tal. É o maior setor exportador, tendo também em conta a

importância do emprego.

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