O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20 DE MAIO DE 2017

29

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Cristóvão Norte.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as Secretárias de Estado do Turismo e Adjunta do

Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Deputados: Julgo que perdemos uma ocasião essencial para discutir em

profundidade o turismo.

A bancada do Partido Socialista concentrou-se em, ao invés de apresentar as suas propostas, assumir uma

absurda e infundada tese de dizer que o turismo tinha nascido agora.

Ora, o turismo não nasceu hoje; ao longo dos últimos anos o turismo tem vindo a afirmar-se como um setor

nuclear e uma das forças motrizes da recuperação da economia.

A este respeito, permitam-me recordar — e acho que é absolutamente necessário face à ausência de posição

do Partido Socialista em relação a esta matéria — os dados tremendamente elucidativos que assinalam taxas

de crescimento absolutamente espetaculares, sem par em qualquer outro setor pujante na economia portuguesa

e que apresente também significado, que o turismo tem registado desde o início desta década.

Senão, vejamos: mais 40% de turistas; mais 45% de turistas estrangeiros; mais 38% de dormidas; mais 49%

de proveitos, numa ascensão cujo desempenho é notável, que tem sido sólida e segura, que reforçou, como foi

dito, os termos da balança comercial, que contribuiu para o equilíbrio externo do País e que, sobretudo, garante

que consigamos projetar uma economia mais assente nos bens e serviços transacionáveis, nas exportações,

que, desta forma, está mais e melhor preparada para construir um modelo mais saudável.

Portanto, a nossa discussão não deveria ser sobre se o turismo nasceu ou não pela mão deste Governo,

mas, sim; sobre quais foram as causas que estiveram na génese deste crescimento que se registou ao longo

dos últimos anos, o que esteve na sua origem e como podemos perpetuar esse crescimento.

Bom, desde logo, esse crescimento resultou de uma tendência mundial de desenvolvimento do turismo. Por

questões de natureza demográfica, social e cultural, as viagens deixaram de ser esporádicas e passaram a ser

um evento comum. Por outro lado, a democratização do acesso às viagens, tornando-as mais baratas e

acessíveis a todos, a construção de infraestruturas básicas — aeroportos, rodovias… — e também a capacidade

hoteleira instalada são instrumentos vitais para se conseguir gerar uma procura turística que cresça e se

robusteça.

Ora, isto é desempenho, por um lado, de vários governos, não apenas do atual ou do anterior, mas também

de governos que há muitos e muitos anos criaram infraestruturas importantes para que o País pudesse apostar

decisivamente no turismo. Aliás, no que se refere ao anterior Governo, é importante lembrar o conjunto de

políticas públicas, coerentes e estruturadas, que contrasta flagrantemente com a proclamação e a tese que o

Partido Socialista hoje inaugurou aqui e que eu, de forma muito sucinta, era capaz de sublinhar.

Desde logo, a organização. A organização do turismo em Portugal foi profundamente reformulada: passámos

de 11 para 5 regiões de turismo, as quais deixaram de ter a promoção externa, exceto em Espanha, focaram-

se nas competências essenciais, ou seja, estruturar produto, dinamizar as suas regiões, evitar o desperdício de

recursos e a duplicação de competências.

Antes da reorganização da promoção, tínhamos 12 marcas, 12 campanhas, 12 estratégias. Toda a gente

fazia tudo e nada ao mesmo tempo! Depois, passámos a ter a reorganização da promoção e abarcámos tudo

na marca Portugal, uma marca forte que dirigimos para o marketing digital. Antes de 2011, recordo-vos, Srs.

Deputados, que 2% da promoção era para o marketing digital e passámos a ter 100%.

Sobre a simplificação de procedimentos, liberalizámos o acesso à animação turística, regulamentámos o

alojamento local com os dados que são conhecidos: passámos de 8000 registos de alojamento local para mais

de 30 000.

O Estado não tem hotéis, não tem agências de viagens, não tem nada disso e, portanto, os privados tiveram

um papel absolutamente nevrálgico na realização deste objetivo nacional, que é essencial para dinamizar a

economia portuguesa. Ao Estado cabe criar condições; a nós, cabe avaliar se o Estado cria ou não essas

condições. E é sobre essas condições que quero saber, porque o Partido Socialista não foi capaz de o dizer, se

foram ou não criadas.

Dar-vos-ei um exemplo. Faz justamente hoje 1 ano que foi anunciado o Simplex+. Vamos, então, ver quais

são as medidas sobre o turismo — e eu tive há pouco oportunidade de consultar o portal do Simplex+ a este

respeito.

Páginas Relacionadas
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 90 4 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.
Pág.Página 4
Página 0005:
20 DE MAIO DE 2017 5 atitude deliberada de afastar o Estado das soluções que se imp
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 90 6 O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, a Mesa regist
Pág.Página 6
Página 0007:
20 DE MAIO DE 2017 7 Sobre esta matéria, começamos por afirmar a necessidade de est
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 90 8 Não que estas recomendações sejam negati
Pág.Página 8
Página 0009:
20 DE MAIO DE 2017 9 Aplausos do PS. Protestos do PSD.
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 90 10 No que diz respeito ao turismo de saúde, propo
Pág.Página 10
Página 0011:
20 DE MAIO DE 2017 11 Risos do PSD. … uma vez que vive numa ilha onde
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 90 12 Quanto ao turismo de saúde, quase que subscrev
Pág.Página 12
Página 0013:
20 DE MAIO DE 2017 13 A Sr.ª Secretária de Estado do Turismo (Ana Mendes Godinho):
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 90 14 e agir para que isso aconteça, garantindo, des
Pág.Página 14
Página 0015:
20 DE MAIO DE 2017 15 Estamos a trabalhar muito na promoção de uma nova forma de co
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 90 16 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Pesem embora os resu
Pág.Página 16
Página 0017:
20 DE MAIO DE 2017 17 O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Por isso, gostava de lhe perg
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 90 18 Aplausos do BE. O Sr. Pres
Pág.Página 18
Página 0019:
20 DE MAIO DE 2017 19 nomeadamente em termos de MICE (Meetings, Incentives, Convent
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 90 20 Aplausos do PS. Mas foi, t
Pág.Página 20
Página 0021:
20 DE MAIO DE 2017 21 custos. Melhorámos o turismo, tivemos mais turismo, novos pro
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 90 22 Pela primeira vez, criámos uma rede entre os p
Pág.Página 22
Página 0023:
20 DE MAIO DE 2017 23 A atividade turística tem de ser planeada sob uma visão suste
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 90 24 Foi também o PSD o primeiro partido a trazer,
Pág.Página 24
Página 0025:
20 DE MAIO DE 2017 25 excelência para captar mais alunos estrangeiros. O número de
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 90 26 Mas preservar tradições, usos e costumes impli
Pág.Página 26
Página 0027:
20 DE MAIO DE 2017 27 É um setor que precisa de trabalhadores, é um setor que não f
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 90 28 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para
Pág.Página 28
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 90 30 Medida 193 — Portal do Turismo+. Previsão: 1.º
Pág.Página 30
Página 0031:
20 DE MAIO DE 2017 31 O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — É um discurso que não
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 90 32 sem substância, sem conteúdo, sinal de que o P
Pág.Página 32
Página 0033:
20 DE MAIO DE 2017 33 O Governo tem de intervir, o Governo deve agir muito mais do
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 90 34 O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem d
Pág.Página 34