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I SÉRIE — NÚMERO 101

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Mas também não deixamos de referir que para esses avanços, para esses níveis reconhecidos

internacionalmente, concorreu a formação, cada vez mais especializada, dos profissionais de saúde que são

envolvidos no parto, quer os enfermeiros, quer os médicos.

À semelhança do que tem sido o ataque ao Serviço Nacional de Saúde e à prestação de cuidados de saúde

por sucessivos governos, também a área do acompanhamento da grávida e da puérpera tem sofrido com isso.

Daremos só alguns exemplos que têm contribuído para a diminuição da qualidade da prestação de cuidados de

saúde, que, aliás, diga-se, não é tão sentida, dado o brio e o empenho que os profissionais têm desempenhado

nesta área.

No hospital Amadora-Sintra faltam presentemente, nos Departamentos de Pediatria e da Mulher, 20

enfermeiros. Muitos hospitais estão hoje confrontados com a dificuldade de assegurar escalas completas do

serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia, porque nos anos negros da governação PSD/CDS-PP saíram

do Serviço Nacional de Saúde muitos profissionais, designadamente médicos, que hoje fazem falta para

assegurar essas urgências.

Protestos do Deputado do PSD Jorge Paulo Oliveira.

Também sabemos que, hoje, há ainda muitas insuficiências no que respeita aos blocos operatórios, que não

permitem que se exerça o direito que as mulheres têm de ser acompanhadas durante o processo da cesariana.

É neste sentido, é para reforçarmos os cuidados de saúde que são prestados à grávida e à mulher puérpera

e a resposta pública que apresentamos um conjunto de recomendações. Desde logo, recomendamos ao

Governo que contrate os profissionais necessários, quer enfermeiros, quer médicos, para assegurar a saúde

sexual e reprodutiva das mulheres grávidas e da puérpera; que melhore as condições de trabalho destes

profissionais na perspetiva da dignificação das carreiras, proporcionando uma efetiva valorização profissional;

que faça um levantamento em todos os blocos operatórios, no Serviço Nacional de Saúde, das condições que

estão, neste momento, a impedir que as grávidas sejam acompanhadas; e que, na sequência desse

levantamento, proceda às obras, para permitir o exercício desse direito.

Recomendamos, ainda, ao Governo que reforce, nos cursos de preparação para o parto, as equipas com

outros profissionais, designadamente fisioterapeutas e psicólogos, para serem tratadas e trabalhadas áreas que

neste momento não o são ou são-no ainda de uma forma muito insuficiente, e que alargue, nos cuidados de

saúde primários, a prestação de cuidados de saúde ao nível da ginecologia e da pediatria.

Também no que respeita à questão da depressão pós-parto, pensamos que é fundamental que seja

reforçado…

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr.ª Deputada, queira terminar.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Como eu dizia, no que respeita à depressão pós-parto, pensamos que é fundamental que seja reforçado o

acompanhamento médico e psicológico nesta área.

Para terminar, Sr. Presidente, no que respeita ao parto em meio subaquático, defendemos que a Direção-

Geral de Saúde deve elaborar um parecer, que deve ser antecedido de um estudo científico, que permita, de

facto, verificar quais as condições em que este tipo de partos deve ocorrer e se não há qualquer perigo para a

saúde materna e infantil na sequência da sua realização.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António

Sales, do PS.

O Sr. António Sales (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O trabalho de parto em meio hospitalar

tem trazido associado números decrescentes em matéria de mortalidade infantil e materna, quer se fale de um

parto normal, quer se fale de um parto distócico.

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