O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 DE OUTUBRO DE 2017

61

Srs. Deputados, vamos abrir um período de debate, para apreciação, na especialidade…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, se me permite…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, há um outro requerimento, apresentado pelo PCP, sobre

a mesma matéria, pelo que poderíamos votá-lo já e depois ter lugar o período de debate.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Com certeza, Sr. Deputado.

Então, vamos votar um requerimento, apresentado pelo PCP, de avocação pelo Plenário da votação, na

especialidade, das suas propostas de alteração aos artigos 2.º, 3.º e 13.º e de aditamento de um artigo 5.º-A ao

mesmo texto final.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, vamos, pois, abrir um período de debate, dispondo cada grupo parlamentar de 2 minutos.

Tem a palavra, em primeiro lugar, para uma intervenção, o Sr. Deputado José Moura Soeiro.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: A aprovação da lei que

estabelece a regularização extraordinária dos vínculos precários do Estado é um momento histórico que dá

corpo a uma medida fundamental de justiça para com milhares de trabalhadores, a quem, há demasiados anos,

se negam direitos laborais básicos, estabilidade e proteção social.

O Bloco de Esquerda orgulha-se, por isso, de ter inscrito o combate à precariedade como condição do acordo

para uma solução política e de fazer desta questão uma luta incansável nos últimos anos, luta que, aliás,

continua.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Neste processo, revelou-se da maior importância a mobilização dos

próprios trabalhadores precários, a pressão que fizeram, as assembleias realizadas pelo País, os contributos

que nos enviaram, a visibilidade que deram à especificidade das suas situações, a sua urgência, a sua

persistência e a sua exigência, tal como se revelou fundamental o trabalho feito pelos Deputados do Bloco de

Esquerda, do Partido Socialista e do Partido Comunista Português para melhorarem e corrigirem o diploma do

Governo.

Houve, neste Parlamento, quem desse voz às reivindicações dos precários e, mesmo que essas

reivindicações contassem sempre com a oposição da direita, em cada uma das propostas para melhorar a sua

vida, houve a possibilidade de introduzir melhorias na proteção dos contratos, na transparência do processo

relativamente aos estagiários ou às universidades.

Evidentemente, para o Bloco de Esquerda, esta versão final poderia ainda ser melhorada e é por isso que

trazemos aqui à votação quatro propostas que permitem responder a aspetos específicos: garantindo as

transferências orçamentais para as universidades, em função dos precários identificados; garantindo que, no

IEFP, não só os formadores a tempo completo mas também os formadores a tempo parcial sejam regularizados;

garantindo que os bolseiros tenham uma carreira que corresponda às suas funções e salvaguarde os seus

rendimentos; e garantindo que os técnicos dos programas regionais ficam vinculados às comissões de

coordenação regional. Qualquer uma destas questões pode ainda ser incluída no diploma, basta que os Srs.

Deputados do Partido Socialista, do PSD e do CDS se levantem e as aprovem.

Esta votação dá uma derradeira oportunidade de responderem a estas pessoas. Está, por isso, nas nossas

mãos, está, por isso, sobretudo, nas vossas mãos, e ainda estão a tempo.

Aplausos do BE.

Páginas Relacionadas
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 8 60 O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): —
Pág.Página 60