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4 DE NOVEMBRO DE 2017

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Aplausos do PSD.

Risos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado

Pedro Delgado Alves.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Efetivamente, na sequência da

intervenção da Sr.ª Deputada, que muito agradeço, sobre cultura, aquilo que parece evidente para todos é que

temos não dois PCP — e o PCP, seguramente, não precisa de mim para se defender, porque a sua coerência,

mesmo quando fruto de discordância, é evidente para todos — mas, seguramente, dois PSD.

Protestos do PSD.

Dois PSD que, ora, são sucessivamente dois; ora, são a alternativa dois; ora, às vezes, até conseguem ser,

simultaneamente, dois PSD diferentes.

Risos do PS.

E aquilo que é notável, Sr. Deputado Sérgio Azevedo, mais do que as 12 bem-aventuranças, parece-me, são

os sete pecados mortais dos quais o Sr. Deputado tentou fazer o pleno, mas nem isso conseguiu. Eu, pelo

menos, conto cinco: soberba na intervenção não terá faltado; preguiça, porque, ao falar de um aspeto que nada

tem a ver com cultura, mostra que trazia a intervenção preparada e que não teve, sequer, a capacidade de a

adaptar àquilo que efetivamente foi colocado em cima da mesa pela Sr.ª Deputada; inveja, porque parece que

subsiste um desconforto profundo com aquilo que a coligação e o funcionamento da chamada «geringonça»

têm feito e têm trazido estruturalmente ao País.

Aplausos do PS.

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Coligação?!

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sem problema, Sr. Deputado, se o melhor que tem para me acusar é

eu ter usado a palavra «coligação» em vez de outra, isso revela muita fraqueza na argumentação do PSD.

Mas continuemos com os pecados mortais: a raiva, a ira, que está subjacente e que ainda não passou, ou

seja dois anos depois ainda não foi totalmente digerida; e, por outro lado, a avareza. Por que é que a avareza

ainda aí está subjacente? Porque, aparentemente, só nasceu agora na mente do Partido Social Democrata a

ideia de que 1% é positivo. E aqueles anos todos em que a avareza dizia: «Irresponsabilidades da esquerda.

Para a cultura 1%?! Nem pensar! Isso destruiria qualquer opção estratégica para o setor!».

Aplausos do PS.

Ainda faltam dois pecados, mas eu diria que tem até ao final do debate parlamentar para pecar mais duas

vezes, e não vou ser eu a substituir-me ao Sr. Deputado nesse aspeto.

Queria, apenas, falar daquilo que estamos aqui a discutir e muito agradeço à Sr.ª Deputada Ana Mesquita

por ter trazido, fundamentalmente, as questões da cultura.

Efetivamente, e isto já foi dito — aliás, todos nós temos tido oportunidade de o dizer —, gostaríamos de ter

mais orçamento para a cultura e estamos de acordo quanto a este aspeto, mas aquilo que devemos, e queremos,

enfatizar nesta altura é o que temos conseguido fazer, aumentando as dotações disponíveis na cultura.

Se fizermos a comparação, no ano passado tivemos, efetivamente, um aumento de 16% e este ano temos

um aumento de 7,4% e, no conjunto de análise, se formos a 2015 e olharmos para o que está projetado para

2018, iremos conseguir um aumento estruturado de reforço orçamental neste setor.

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