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I SÉRIE — NÚMERO 16

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As vossas opções pela despesa estrutural e não pelo investimento, as vossas opções pelos impostos e pela

dívida e não pelos jovens de Portugal fazem-me recordar o que escreveu Immanuel Kant, no ano de 1784,…

Risos do PS, do BE, do PCP e de Os Verdes.

… porventura já aí a pensar nesta alargada maioria de esquerda no Parlamento. Passo a citar, Srs.

Deputados: «É tão cómodo ser menor. Se eu tiver um livro que tem entendimento por mim, um diretor espiritual

que em vez de mim tem consciência moral, um médico que por mim decide da dieta, então, não preciso de eu

próprio me esforçar. (…) outros empreenderão por mim essa tarefa aborrecida».

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado, tem de terminar.

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Dirigindo-me, portanto, aos Srs. Deputados e às Sr.as Deputadas da esquerda parlamentar, digo-vos o

seguinte: não se deixem cair na posição fácil de acenar com a cabeça a este Governo que nada mais traz do

que fake news aos jovens portugueses.

Sr.as e Srs. Deputados, termino, dizendo que, ao contrário do Sr. Ministro da Defesa Nacional, os

portugueses, quando veem ser-lhes devolvida alguma coisa que lhes foi tirada pelos Governos socialistas, não

encontram recursos a mais.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado Simão Ribeiro, a Mesa não regista inscrições

para pedidos de esclarecimento, mas também não dispunha de tempo para responder.

Para uma intervenção, tem, agora, a palavra o Sr. Deputado João Torres.

O Sr. João Torres (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e

Srs. Deputados: O debate, na generalidade, do Orçamento do Estado para 2018 vai no segundo dia, e a

aproximar-se do fim, mas de ontem para hoje pouco mudou o discurso da oposição, tal como pouco ou nada

mudou de há dois anos a esta parte.

Não mudou o discurso nem mudaram os protagonistas. PSD e CDS continuam desnorteados pelos bons

resultados da ação governativa e, na falta de melhor argumento, antecipam um futuro tenebroso para Portugal

e os portugueses.

A acusação de que este Governo não oferece uma estratégia de futuro para o País foi reiterada, ontem e

hoje, vezes sem conta, nesta Câmara, na ausência de qualquer proposta alternativa para Portugal e com uma

oposição ainda nutrida pelo ressabiamento das regras da democracia que conduziram o Partido Socialista ao

Governo.

Ora, neste debate do Orçamento, é nítido para todos que a ausência de estratégia da direita para o País é

mais do que uma trivial suspeição, é, sim, um dado adquirido.

Mas também é importante reafirmar que há uma estratégia que o Partido Socialista e o seu grupo parlamentar

rejeitam em toda a linha: a estratégia do regresso ao passado. Ao passado dos cortes salariais e de pensões,

ao passado de desmantelamento do Estado social, ao passado de crescimento exponencial do desemprego, ao

passado da emigração forçada e sem alternativa, ao passado do empobrecimento colossal de todas as gerações

de portugueses.

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, é evidente neste debate o antagonismo entre a visão da direita e a visão do Partido Socialista

e das forças que suportam esta solução governativa.

Quando o Sr. Primeiro-Ministro se refere a uma visão suportada em mais crescimento, melhor emprego e

mais igualdade, não se trata de mais um slogan em vão, como aqueles que a direita é tão hábil a criar e

reproduzir.

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