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31 DE MARÇO DE 2018

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não foram capazes de a praticar. Ao contrário, tudo fizeram para a impedir e, depois de passada a fase do diabo,

agora, naturalmente, resta-vos apenas uma abstração metafísica. E uma abstração metafísica já não é o diabo,

é qualquer coisa que existe na estratosfera, que os portugueses não percebem, porque, Sr. Presidente, Sr.as e

Srs. Deputados, há uma coisa que hoje em dia o País percebe: o País não percebe o PSD e não percebe o

CDS.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem agora a palavra, para encerrar o debate, o Sr. Deputado Cristóvão

Simão Ribeiro, do PSD.

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, Srs. Membros do Governo,

Sr.as e Srs. Deputados: Termina agora o debate de urgência que o Grupo Parlamentar do PSD marcou sobre a

situação da saúde em Portugal.

Este foi, na realidade, um debate de balanço de um Governo e de uma maioria que estão no poder há dois

anos e meio e que já aprovaram três Orçamentos do Estado. Portanto, o que hoje está em causa são os

resultados das políticas do Partido Socialista, do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda para o setor da

saúde.

O Sr. José Luís Ferreira (OS Verdes): — E de Os Verdes!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Mas o que se ouviu foi, de um lado, as já habituais políticas e

profissões de fé do Partido Socialista, e, do outro, a já habitual e normal incoerência política do PCP e do Bloco

de Esquerda, que fingem criticar um Governo que apoiam.

Fazem-me lembrar, Sr.as e Srs. Deputados, aqueles amigos que hoje, infelizmente, estão em voga nas

sociedades modernas: almoçam juntos, viajam juntos, vão às compras juntos, mas depois passam o resto do

mês a dizerem mal um dos outros e do modo de vida que cada um leva.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Isso deve ser no PSD!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Para o Governo do Partido Socialista, o Serviço Nacional de Saúde

está hoje muito melhor do que estava em 2015.

Mas, Sr.as e Srs. Deputados, perguntam os portugueses: estar melhor é aumentar o tempo médio de espera

por uma consulta hospitalar de 115 para 121 dias?

Estar melhor é um doente esperar 1046 dias por uma consulta de oftalmologia no hospital de Chaves?

Estar melhor é um doente esperar 560 dias por uma consulta de neurocirurgia no hospital de Faro?

Estar melhor é um utente ter de esperar horas e horas a fio nas urgências do centro hospitalar do Vale do

Tâmega e Sousa para ser atendido?

Estar melhor é os doentes não terem acesso à medicação ou aos tratamentos de que necessitam, os

hospitais estarem a rebentar pelas costuras e os doentes internados ficarem dias e dias em macas nos

corredores, sem um mínimo de condições e sem um mínimo de dignidade?

E perguntam ainda os portugueses: estar melhor é o investimento público no SNS ter caído 27,5% entre 2015

e 2017? Leia-se: hoje, o investimento no SNS é 27,5 % abaixo do que aquele que era em pleno programa de

ajustamento financeiro imposto pela troica que os senhores puseram cá dentro.

Aplausos do PSD.

Finalmente, para o Sr. Ministro e para o seu Governo, estar melhor é terem deixado os hospitais públicos

duplicarem em mais de mil milhões de euros os pagamentos em atraso? Claramente que não! Aliás, numa

auditoria à conta consolidada do Ministério da Saúde, o Tribunal de Contas concluiu que a situação económico-

financeira do SNS degradou desde 2015, sendo hoje — e passo a citar — «extremamente débil».

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