O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 66

30

Os exemplos podiam, infelizmente, continuar, assim o tempo mo permitisse. Mas, perante tal descalabro, o

que é que faz o Sr. Ministro da Saúde? Como já foi aqui lembrado, submete-se à mão firme do imperador

europeu Centeno, o mesmo Ministro que, durante três anos, lhe negou os meios que evitassem os colapsos em

que se encontram a maioria dos hospitais do SNS.

Sr. Ministro, foi preciso uma hora para que corrigisse a asneira ou o disparate que aqui disse. Ao contrário

do PCP, que diz isto sem rir — e louvo a perícia política —, nós dizemos a sério: não, não somos todos Centeno.

Nós somos SNS, nós somos utentes do Serviço Nacional de Saúde.

Aplausos do PSD.

Sr. Ministro, é caso para dizer que o senhor não tem poderes reais e que não há prazos para este Governo

a não ser o único prazo real que é o da vossa saída.

Risos do PS.

Aliás, é curioso verificar uma outra coisa: o próprio Primeiro-Ministro reconhecer — e as palavras são dele

— que «os valores orçamentados para o setor da saúde se mostram insuficientes para suprir o conjunto das

necessidades».

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Sempre foi assim!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Da extrema-esquerda nem falemos. O PCP e o Bloco de Esquerda

fingem que nada têm a ver com os resultados do setor da saúde. Aliás, há três anos que aprovam,

sucessivamente, os Orçamentos do Estado e o descaramento político é de tal ordem que, neste debate político,

como ainda hoje sucedeu, até parece que realmente são um partido da oposição, quando na verdade apoiam

este Governo. E, pior do que isso, continuam a imputar ao PSD e ao CDS — e, provavelmente, continuarão a

fazê-lo durante mais 20 anos — aquilo que é a inconsequência das vossas ações e a inconsequência das vossas

palavras neste Hemiciclo.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, a terminar, quero dizer que o PCP e o Bloco de Esquerda

são tão responsáveis pela situação do SNS como o próprio Partido Socialista e a irrelevância política do Sr.

Ministro da Saúde é já hoje assumida pela generalidade dos agentes políticos e dos parceiros sociais.

É caso para dizer que este é o Ministro do discurso estatístico, mas estático.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem mesmo de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Termino, Sr. Presidente.

O Sr. Ministro, sempre que cá vem, anuncia medidas, anuncia investimento, anuncia pagamento de dívidas

e depois o resultado é o somatório de menos um mais um, que é igual a nada. É propaganda política pura,

propaganda que denunciamos e que não calamos.

Sr. Presidente, Sr. Ministro, o senhor falhou, o Governo falhou, mas aqui estará o PSD, aqui estarão os

nossos Deputados para erguerem a sua voz e defenderem os utentes do SNS, porque, sim, para nós, as

pessoas estão primeiro.

Aplausos do PSD e da Deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente José Manuel Pureza.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegámos ao fim deste debate de urgência.

Páginas Relacionadas
Página 0031:
31 DE MARÇO DE 2018 31 Passamos ao ponto seguinte da nossa ordem de trabalhos, que
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 66 32 Contudo — e este é o paradoxo —, desde 2015 qu
Pág.Página 32
Página 0033:
31 DE MARÇO DE 2018 33 um dia destes, ela possa ser verdade, e que é a seguinte: di
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 66 34 O Sr. João Marques (PS): — Sr. Presidente, Srs
Pág.Página 34
Página 0035:
31 DE MARÇO DE 2018 35 planeada a curto, médio e longo prazo e não sujeita a medida
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 66 36 Para além de alguma simplificação, do ponto de
Pág.Página 36
Página 0037:
31 DE MARÇO DE 2018 37 compensatórios, porque consideramos que são aspetos positivo
Pág.Página 37