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12 DE MAIO DE 2018

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Aplausos do PSD.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — É tão ridículo que até dói!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Há três anos, o Partido Socialista prometeu, na campanha eleitoral,

que iria acabar com a austeridade e que a saúde seria uma prioridade na sua governação.

Volvidos dois anos e meio de governação socialista, com o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda, aquilo

que se vive e se sente nos hospitais e nos centros de saúde do nosso País é, precisamente, o inverso, um

autêntico desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde. Aliás, como médico, não tenho memória de uma tão

rápida degradação dos serviços de saúde e de um desgaste tão marcado dos nossos profissionais.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Quando vos dá jeito invocam a qualidade dos profissionais,

mas é só quando dá jeito!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Associo-me, por isso, hoje, aos colegas profissionais de saúde de

todo o País que aderiram ao movimento SNS in Black, no âmbito do qual se vestem de preto todas as sextas-

feiras, como hoje, de luto e em luta pelo nosso sistema público de saúde.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Demagogia!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — É um movimento que nasceu a partir das bases do Serviço Nacional

de Saúde, sem qualquer origem partidária ou sindical. São profissionais que, como eu, consideram que o Serviço

Nacional de Saúde é o maior legado da democracia portuguesa e não aceitam que o Governo prossiga o

caminho da sua destruição.

É que na saúde as tentativas de propaganda e as mentiras do Governo têm perna curta. Podem os

governantes enganar algumas pessoas durante algum tempo, mas não conseguem enganar toda a gente

sempre.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Sr.as e Srs. Deputados: Quase tudo piorou no Serviço Nacional de

Saúde nos últimos anos. Piorou o investimento em instalações e equipamentos, com uma quebra de quase 30%

de investimento, em comparação com 2015.

De Faro a Gaia, de Coimbra ao Funchal, encontramos exemplos atrás de exemplos de necessidades de

investimento que o Governo não cumpre, apesar das promessas vãs do passado.

Pioraram os tempos de espera, com os doentes a terem de esperar, por vezes, mais de 1000 dias — três

anos —, por uma simples consulta hospitalar. Pioraram as listas de espera para cirurgias, com os piores tempos

médios de espera desde 2010. Piorou a emergência médica pré-hospitalar e pioraram as condições de

tratamento dos doentes. Existe falta de material de consumo clínico e de medicamentos nos hospitais, atraso

no acesso aos exames de diagnóstico e, como consequência disto tudo, os portugueses estão cada vez mais

doentes.

Os senhores que nos governam transformaram o Serviço Nacional de Saúde num serviço nacional de

doença…

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Nem o senhor acredita nisso!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — … e onde a degradação do Serviço Nacional de Saúde, agora gerido

pelo PS, pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda, se torna ainda mais grave e revoltante é na área da oncologia.

Nesta área, a realidade de hoje é o tratamento indigno de crianças com cancro, tratadas nos corredores do

Hospital de São João, situação que, inacreditavelmente, se mantém, tendo sido já ultrapassado o prazo que o

próprio Governo tinha estipulado para a situação ser desbloqueada.