O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 86

20

O Sr. João Galamba (PS): — Não, isso não é verdade!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — É falso!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Mais: o Parlamento deve receber informação não apenas sobre os

créditos, sobre os devedores, sobre as garantias que foram ou não exigidas, sobre os perdões que foram ou

não concedidos, mas também sobre quem concedeu o crédito, quem fez a reestruturação ou quem avaliou mal

as garantias bancárias.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A proposta do PSD é equilibrada, é proporcional e impõe

transparência. Foi bom que, depois dos reiterados apelos do Presidente do PSD e depois do vosso primeiro

compasso de espera tático — se calhar, envergonhado! —, tenham finalmente percebido que é importante haver

esta transparência.

Mas deixem-me que também vos diga que nós não queremos e não aceitamos que, fora destes casos de

grandes incumpridores que tenham levado a ajudas públicas a bancos públicos ou privados nos últimos 12 anos,

depositantes, clientes bancários cumpridores, PME e famílias vejam devassada, sem justificação, suspeita ou

indício de infração ou de desconformidade nas suas relações tributárias, a sua privacidade, a sua vida e opções

financeiras. Isso não aceitamos! Queremos transparência, queremos uma solução equilibrada e prudente que

contribua para que Portugal seja uma sociedade mais decente.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Moisés Ferreira.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado António Leitão Amaro, o PSD sabe — e o Sr.

Deputado sabe-o tão bem ou melhor do que nós — que o PSD queria fazer da Comissão de Inquérito um campo

de tiro à Caixa Geral de Depósitos.

Vozes do BE: — Bem lembrado!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Puramente isso! Nada tinha a ver com transparência, nada tinha a ver com

conclusões, nada tinha a ver com descobrir qualquer tipo de teia, fosse ela mais rosa ou mais laranja. Era um

campo de tiro ao banco público, por ser público! Aliás, o PSD já tinha no seu Programa Eleitoral de 2011 o

projeto de dispersar o capital da Caixa em bolsa. Traduzindo, a privatização da Caixa era o objetivo do PSD.

Senão, vejamos, Sr. Deputado — e, já agora, poderia aproveitar a oportunidade para responder a isto: se

era sobre conclusões, por que razão é que o PSD chumbou as conclusões da Comissão de Inquérito?

Por que razão é que chumbou conclusões que diziam que tinha havido pressões e intervenções políticas e

político-partidárias que instrumentalizavam a Caixa?

Por que razão chumbou exemplos dessas pressões, como os casos Champalimaud, BCP, distribuição de

dividendos, Fundo de Pensões, a forma como o seu Governo vendeu o setor segurador?

Por que razão é que chumbou a ideia de que o subprime não explicava tudo, que tinha havido negócios

ruinosos cujo racional não se compreendia, como os de La Seda, Vale do Lobo?

Porque chumbou estas conclusões?

Porque chumbou conclusões que diziam que, comprovadamente, tinha havido concessão de créditos que

nada tinham a ver com o interesse público nem com o interesse de um banco público?

Por que razão chumbou essas conclusões, Sr. Deputado?

Por que razão chumbou conclusões que diziam que a Caixa tinha sido imprudente na forma como imparizava

os seus créditos, que tinha sido pouco prudente, ou imprudente, ou irresponsável, na forma como, a determinada

altura, se abalançou no risco e na exposição a negócios de risco sem retorno?

Porque chumbou todas estas conclusões, Sr. Deputado?

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Boa pergunta!

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 86 2 O Sr. Presidente: — Sr.as Deputadas e Srs. Depu
Pág.Página 2
Página 0003:
18 DE MAIO DE 2018 3 Ao longo de oito anos, quase 6000 milhões de euros foram lavad
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 86 4 Abriu fogo ao banco público e ainda quis conven
Pág.Página 4
Página 0005:
18 DE MAIO DE 2018 5 O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, tem dois pedidos de
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 86 6 Sr.ª Deputada, porque não nos desviamos 1 cm do
Pág.Página 6
Página 0007:
18 DE MAIO DE 2018 7 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Exatamente!
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 86 8 Em 2011, o PSD absteve-se na pequena alteração
Pág.Página 8
Página 0009:
18 DE MAIO DE 2018 9 Aplausos do BE. O Sr. Presidente: — Para uma int
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 86 10 Com efeito, o reporte à AT de saldos bancários
Pág.Página 10
Página 0011:
18 DE MAIO DE 2018 11 O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 86 12 pode aceder à informação coberta pelo sigilo b
Pág.Página 12
Página 0013:
18 DE MAIO DE 2018 13 Autoridade Tributária, vai assegurar que esta informação tran
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 86 14 O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscai
Pág.Página 14
Página 0015:
18 DE MAIO DE 2018 15 O Sr. MiguelTiago (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputa
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 86 16 que era melhor deixar os senhores levar aquilo
Pág.Página 16
Página 0017:
18 DE MAIO DE 2018 17 seja, efetivamente, daqueles incumprimentos que tenham sido m
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 86 18 Aplausos do PSD Srs. Deput
Pág.Página 18
Página 0019:
18 DE MAIO DE 2018 19 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — E o Ricardo Salgado? <
Pág.Página 19
Página 0021:
18 DE MAIO DE 2018 21 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Muito bem! O Sr
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 86 22 A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — É isso me
Pág.Página 22
Página 0023:
18 DE MAIO DE 2018 23 A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — Muito bem! Protes
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 86 24 O Sr. João Galamba (PS): — … porque é um banco
Pág.Página 24
Página 0025:
18 DE MAIO DE 2018 25 insiste em reclamar, ou afirmar, orgulho por uma governação q
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 86 26 O Sr. João Galamba (PS): — O BES não ca
Pág.Página 26
Página 0027:
18 DE MAIO DE 2018 27 O CDS apresenta também aqui uma iniciativa — e começarei por
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 86 28 Temos um grau de exigência diferente daquele q
Pág.Página 28
Página 0029:
18 DE MAIO DE 2018 29 Mas também temos o crédito de terem sido governos e iniciativ
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 86 30 Aplausos do PS. O Sr. Presidente:
Pág.Página 30
Página 0031:
18 DE MAIO DE 2018 31 A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — São desculpas! São desculpas! <
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 86 32 Aplausos do PS. O Sr. Pre
Pág.Página 32
Página 0033:
18 DE MAIO DE 2018 33 Por isso, Sr.as e Srs. Deputados, não há suspeita sobre contr
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 86 34 III (Regime Excecional de Regularização Tribut
Pág.Página 34
Página 0035:
18 DE MAIO DE 2018 35 Depósitos. Por isso, quando falava das listas dos grandes dev
Pág.Página 35