O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 DE MAIO DE 2018

27

O CDS apresenta também aqui uma iniciativa — e começarei por aí —, que tem a ver com algo que há muito

tempo nos preocupa, que nos preocupa desde o primeiro momento em que o sistema financeiro, em Portugal,

obrigou a que o Estado e, financiando o Estado, todos os contribuintes fossem chamados a pagar aquilo que

foram sucessivas situações de falência, de incumprimento, sucessivos problemas em instituições públicas e

privadas do setor financeiro.

Em cada uma das comissões de inquérito empenhámo-nos com a mesma atitude, estando no Governo ou

estando na oposição, tratando-se de bancos públicos ou de bancos privados. Não tivemos uma atitude quando

estávamos a apoiar o Governo e outra diferente quando estávamos na oposição, não tivemos uma exigência

quando se tratava de um banco público e uma exigência menor quando se tratava de um banco privado.

Aplausos do CDS-PP.

Por isso, o que agora fazemos é a consequência natural do que, entretanto, aconteceu. Fomos sempre

exigentes em relação à informação que entendíamos, em cada uma destas comissões de inquérito e em cada

um destes momentos, que era exigível. E, antes de mais nada, o que é exigível por um contribuinte que tem de

pagar o «buraco» de um banco que é originado por crédito que foi concedido e não foi pago por quem recebeu

esse crédito, é saber quem esteve na origem desta responsabilidade à qual foi chamado e deste «buraco» que

teve de tapar.

Batemo-nos por isso em sucessivas comissões de inquérito. Batemo-nos por isso também, mas não só, na

Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos.

A Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos é especial porque, pela primeira vez, no seu âmbito,

um tribunal deu razão ao Parlamento na sua pretensão de aceder a esta informação, dizendo que o Parlamento

poderia ter acesso a essa informação no quadro da Comissão de Inquérito, pelos poderes que os inquéritos

parlamentares dão a essas comissões, pela sua natureza equivalente àquela que é conferida ao processo penal.

E, subitamente, o Partido Socialista, o PCP e o Bloco de Esquerda, sem que o Parlamento pudesse cumprir

esse direito que lhe foi dado e reconhecido por um tribunal, terminaram a Comissão de Inquérito, não permitindo

que o Parlamento conhecesse essa informação.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não vamos perder aqui tempo num jogo de culpas, porque a

culpa do PS, do Bloco de Esquerda e do PCP é sobejamente conhecida no País e, neste momento, não é preciso

mais tempo para reafirmá-la. O que fazemos é ser consequentes: se é possível a três partidos bloquearem o

Parlamento, impedirem o Parlamento de conhecer a informação, impedirem os cidadãos de ter acesso à

informação a que têm direito, então, mude-se a lei. Não nos podemos conformar com uma lei que permite a uma

maioria não tornar transparente aquilo que é fundamental que seja transparente.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Por isso, o nosso projeto é claro: sejam bancos públicos ou

bancos privados, seja quem for no Governo, quando o Estado é chamado a tapar um «buraco» nessas

instituições financeiras, recapitalizando, emprestando, financiando, o que seja, há direito de os cidadãos

saberem porque é que aconteceu essa situação, que créditos é que não foram cumpridos, que créditos é que

geraram prejuízo nas contas desses bancos, que garantias é que estavam associadas a esses créditos e não

foram suficientes para cumprir as obrigações de quem recebeu essas verbas e quem nessas instituições

financeiras deu esses créditos e contribuiu para que esses «buracos» existissem.

É tão simplesmente isto: alterar a lei para que tudo isto seja possível. Quem achar que, de facto, os cidadãos

não têm direito, que vote contra o projeto do CDS mas retire as consequências disso.

Aplausos do CDS-PP.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 86 2 O Sr. Presidente: — Sr.as Deputadas e Srs. Depu
Pág.Página 2
Página 0003:
18 DE MAIO DE 2018 3 Ao longo de oito anos, quase 6000 milhões de euros foram lavad
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 86 4 Abriu fogo ao banco público e ainda quis conven
Pág.Página 4
Página 0005:
18 DE MAIO DE 2018 5 O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, tem dois pedidos de
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 86 6 Sr.ª Deputada, porque não nos desviamos 1 cm do
Pág.Página 6
Página 0007:
18 DE MAIO DE 2018 7 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Exatamente!
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 86 8 Em 2011, o PSD absteve-se na pequena alteração
Pág.Página 8
Página 0009:
18 DE MAIO DE 2018 9 Aplausos do BE. O Sr. Presidente: — Para uma int
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 86 10 Com efeito, o reporte à AT de saldos bancários
Pág.Página 10
Página 0011:
18 DE MAIO DE 2018 11 O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 86 12 pode aceder à informação coberta pelo sigilo b
Pág.Página 12
Página 0013:
18 DE MAIO DE 2018 13 Autoridade Tributária, vai assegurar que esta informação tran
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 86 14 O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscai
Pág.Página 14
Página 0015:
18 DE MAIO DE 2018 15 O Sr. MiguelTiago (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputa
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 86 16 que era melhor deixar os senhores levar aquilo
Pág.Página 16
Página 0017:
18 DE MAIO DE 2018 17 seja, efetivamente, daqueles incumprimentos que tenham sido m
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 86 18 Aplausos do PSD Srs. Deput
Pág.Página 18
Página 0019:
18 DE MAIO DE 2018 19 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — E o Ricardo Salgado? <
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 86 20 O Sr. João Galamba (PS): — Não, isso não é ver
Pág.Página 20
Página 0021:
18 DE MAIO DE 2018 21 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Muito bem! O Sr
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 86 22 A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — É isso me
Pág.Página 22
Página 0023:
18 DE MAIO DE 2018 23 A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — Muito bem! Protes
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 86 24 O Sr. João Galamba (PS): — … porque é um banco
Pág.Página 24
Página 0025:
18 DE MAIO DE 2018 25 insiste em reclamar, ou afirmar, orgulho por uma governação q
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 86 26 O Sr. João Galamba (PS): — O BES não ca
Pág.Página 26
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 86 28 Temos um grau de exigência diferente daquele q
Pág.Página 28
Página 0029:
18 DE MAIO DE 2018 29 Mas também temos o crédito de terem sido governos e iniciativ
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 86 30 Aplausos do PS. O Sr. Presidente:
Pág.Página 30
Página 0031:
18 DE MAIO DE 2018 31 A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — São desculpas! São desculpas! <
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 86 32 Aplausos do PS. O Sr. Pre
Pág.Página 32
Página 0033:
18 DE MAIO DE 2018 33 Por isso, Sr.as e Srs. Deputados, não há suspeita sobre contr
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 86 34 III (Regime Excecional de Regularização Tribut
Pág.Página 34
Página 0035:
18 DE MAIO DE 2018 35 Depósitos. Por isso, quando falava das listas dos grandes dev
Pág.Página 35