O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 87

32

eles. Os trabalhadores são pessoas inteligentes, sabem, conhecem e reconhecem tudo o que o Governo do PS

tem feito por eles, não se deixam influenciar por discursos, o que lhes interessa são factos e o que o Governo

do Partido Socialista tem feito por eles, e isso está à vista.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Roque, do

PSD.

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O debate sobre a redução do horário

das 40 para as 35 horas apenas na sua aparência é laboral. Trata-se, antes, de um posicionamento tático «intra-

geringonça» à medida que a ampulheta eleitoral vai escoando os seus grãos de areia.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Exatamente!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — O primeiro teatro de operações é dentro da esquerda mais extremada, em que

comunistas e bloquistas se digladiam sobre a primazia da proposta na disputa fratricida pelo porte do facho da

revolução e pelo título de campeão do proletariado.

O segundo é na mensagem ao campo eleitoral do PS, por forma a recolá-lo como compagnion de route da

tenebrosa direita, mesmo que a sua sobrevivência governativa tenha sido gerada em simbiose parlamentar.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Ó homem, a gente já se perdeu!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — É um novo teste aos socialistas: o PCP insiste nas 35 horas, o Bloco segue-o

de perto, o PS vota à direita e riposta. Segundo Vieira da Silva — e foi aqui repetido — as 35 horas são um

objetivo a longo prazo que não está no Programa do Governo.

Protestos da Deputada do PS Wanda Guimarães.

Mais pragmatismo nem mesmo a Sancho Pança poderia ser exigido face à coerente teimosia de Quixote,

seu companheiro de jornada. E assim vai a gestão dos egos da geringonça a meio do ano da Graça do Senhor

de 2018.

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — São só disparates!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o PCP defende que a redução do

horário de trabalho para as 35 horas colocaria a necessidade de mais 440 mil trabalhadores para cumprir as

mesmas horas de trabalho. Isto afirmado pelo mesmo partido que quer revigorar a contratação coletiva mas que,

numa matéria essencial como a da fixação do horário de trabalho, o quer impor sem ter em conta a necessária

conciliação bipartida de interesses.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!

Protestos do PCP.

O Sr. Pedro Roque (PSD): — O único país da OCDE a implementar medida semelhante foi a França de

Lionel Jospin em 2000. Ora, sendo conhecida esta experiência, importa refletir sobre o seu balanço. A passagem

para as 35 horas contribuiu para a perda de competitividade da economia gaulesa…

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Mentira! Mentira!

Páginas Relacionadas
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 87 36 Para apresentar a iniciativa do Bloco de Esque
Pág.Página 36
Página 0037:
19 DE MAIO DE 2018 37 A Sr.ª Maria Augusta Santos (PS): — Claro que o que está em c
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 87 38 O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Srs. D
Pág.Página 38
Página 0039:
19 DE MAIO DE 2018 39 Dissemos que o período de congelamento deveria ser contabiliz
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 87 40 A Sr.ª Ilda Araújo Novo (CDS-PP): — Sr. Presid
Pág.Página 40
Página 0041:
19 DE MAIO DE 2018 41 O PCP acompanhará, com certeza, esta luta, dentro e fora da A
Pág.Página 41