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25 DE MAIO DE 2018

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O País, reconhecido, trata-o carinhosamente como o Pai do Serviço Nacional de Saúde.

António Arnaut sempre entendeu a igualdade de oportunidades como condição essencial ao exercício da

liberdade. O Estado social e democrático que hoje somos teve nele um promotor visionário e um defensor

exigente.

Entre 2002 e 2005, foi Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.

Em 2016, foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Foi até ao último dia um militante ativo da causa dos direitos sociais, envolvendo-se em inúmeras iniciativas

cívicas e políticas.

Pelo seu exemplo, soube granjear o respeito da sociedade e personificar de forma exemplar o conceito de

ética republicana.

Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República manifestam à família e aos amigos

de António Arnaut, bem como ao Partido Socialista, o mais sentido pesar pelo seu desaparecimento.»

Vamos passar à votação deste voto.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Segue-se o voto n.º 550/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Júlio Pomar, apresentado pelo Presidente

da AR.

Peço à Sr.ª Secretária Idália Serrão o favor de ler este voto.

A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Foi com profundo pesar que a Assembleia da República tomou conhecimento do falecimento do Mestre

Júlio Pomar.

Júlio Pomar, nascido em Lisboa, a 10 de janeiro de 1926, foi um dos mais talentosos artistas plásticos do

Portugal contemporâneo, caracterizando-se por uma obra multitemática e multifacetada, que extravasou os

domínios da pintura e do desenho, estendendo-se à cerâmica, à gravura e à escrita.

Na década de 1940, Júlio Pomar esteve intimamente ligado à afirmação do movimento neorrealista em

Portugal, de que foi o seu expoente maior.

Seguiu depois outras influências e outros caminhos, permanecendo como artista profundamente

cosmopolita, sempre comprometido com o seu tempo e com o seu País, capaz de dialogar simultaneamente

com as grandes correntes artísticas mundiais e com o grande público.

Resistente antifascista, a sua intervenção cívica valeu-lhe a prisão durante quatro meses, tendo sido

companheiro de cela de Mário Soares, com quem partilhava um gosto contagiante pela vida.

Mais tarde, Mário Soares, enquanto Presidente da República, viria a ser retratado pelo olhar sempre

irreverente e provocador de Júlio Pomar.

A obra de Júlio Pomar, patente em grandes coleções públicas e privadas em Portugal e no estrangeiro, ficará

para sempre perpetuada na Fundação que, em 2004, instituiu com o seu nome, assim como no Atelier-Museu

Júlio Pomar.

Ao ver partir um dos nomes maiores da cultura portuguesa, o País fica claramente mais pobre.

Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República manifestam à família e aos amigos

de Júlio Pomar o mais sentido pesar pelo seu desaparecimento».

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, na sequência dos votos que acabámos de aprovar, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Srs. Deputados, vamos agora votar o voto n.º 547/XIII (3.ª) — De louvor pelos resultados desportivos

alcançados na taça do mundo de canoagem, apresentado pelo BE e pelo PCP.

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