O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 104

32

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, respondendo ao repto do Sr. Deputado Adão Silva, e

não revelando qualquer dúvida da parte do Partido Socialista nem sendo essa, em todo o caso, a praxe

parlamentar, gostaria de promover uma inscrição por parte do Partido Socialista.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — É o Sr. Deputado que se inscreve?

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sou eu próprio, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Então, Sr. Deputado, tem a palavra, e o desejo do Sr. Deputado

Adão Silva fica concretizado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não deviam fazer tantos jeitos ao PSD!

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Vocês também já fizeram alguns!

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem a palavra, Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Quando debatemos as leis

laborais nunca debatemos apenas medidas de regulação do mundo do trabalho mas, sim, o modelo de

sociedade que queremos e de que forma o moldamos, pela via legislativa, a favor do trabalho digno, do trabalho

estável e justamente remunerado.

A complexidade das transformações das nossas sociedades é uma realidade, e o trabalho deve acompanhá-

la, mas essa realidade atravessa, em cada tempo, todos os tempos e todas as gerações.

Por isso, a nossa complexidade não é maior do que aquela que nos antecedeu nem menor do que aquela

que nos sucederá. Temos sempre de acomodar a mudança e garantir que os fundamentos da nossa visão de

sociedade humanista e solidária não são substituídos pela liberalização, pela individualização e pela

precarização.

De nada vale mudarmos as leis do trabalho, se não soubermos para que é que as mudamos e a quem é que

estamos a responder quando decidimos fazê-lo. E, para os socialistas, só há uma resposta: temos de responder

à maioria dos trabalhadores, que são a parte mais fraca da relação laboral; aos jovens que aspiram a um contrato

estável e não o têm;…

Aplausos do PS.

… aos portugueses que no fim de uma jornada de trabalho levam para casa um salário demasiado baixo

para aspirarem a uma vida decente; aos que querem viver a paternidade e não têm horários para a conciliar;

aos que estão na sombra do trabalho informal; aos que estão no desespero do desemprego; aos que estão no

inferno da precariedade. Todos estes vivem vidas a dias, vidas a prazo, e o Partido Socialista responde à sua

exigência de uma sociedade onde a economia é um instrumento ao serviço do desenvolvimento e da justiça

social e nunca um atalho para promover a lei do mais forte, as assimetrias e as desigualdades. É este o

património do Partido Socialista!

Aplausos do PS.

O combate à precariedade está inscrito no Programa do Governo e foi um ponto de referência na

convergência entre os atuais parceiros da maioria parlamentar. Esse caminho tem vindo a ser feito em torno das

posições conjuntas e das prioridades expressas em cada Orçamento do Estado, mas também nos grupos de

trabalho que constituímos, em especial no Grupo de Trabalho de combate à precariedade, e em todos esses

momentos definimos uma orientação clara para a intervenção legislativa nesta área.

Depois de um ataque brutal aos trabalhadores e à estabilidade dos vínculos laborais, que foi promovido pelo

PSD e pelo CDS, mas também com a pressão liberal decorrente das instituições internacionais, o PS intervém

Páginas Relacionadas
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 104 18 … aquilo que escolhem como prioridade
Pág.Página 18
Página 0019:
7 DE JULHO DE 2018 19 Projeto de lei n.º 903/XIII (3.ª) — Reverte os cortes introdu
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 104 20 Sr.as e Srs. Deputados, este é, verdadeiramen
Pág.Página 20
Página 0021:
7 DE JULHO DE 2018 21 A qualidade e a justeza destas medidas não advêm de elas tere
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 104 22 A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, S
Pág.Página 22
Página 0023:
7 DE JULHO DE 2018 23 O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Sim! É aquela legis
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 104 24 O Sr. Adão Silva (PSD): — Veja: encontrões na
Pág.Página 24
Página 0025:
7 DE JULHO DE 2018 25 Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Tem
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 104 26 O que mudou foram as portarias de extensão, q
Pág.Página 26
Página 0027:
7 DE JULHO DE 2018 27 A luta, lá fora, dos milhares de trabalhadores que respondera
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 104 28 O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Estes contrat
Pág.Página 28
Página 0029:
7 DE JULHO DE 2018 29 combater a humilhação, estamos a combater a destruição das so
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 104 30 Termino com uma pergunta: se não valorizamos
Pág.Página 30
Página 0031:
7 DE JULHO DE 2018 31 Esta semana o Ministro do Trabalho disse, a quem o quis ouvir
Pág.Página 31
Página 0033:
7 DE JULHO DE 2018 33 com o foco na estabilização das relações laborais e, numa via
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 104 34 O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — … sem pas
Pág.Página 34
Página 0035:
7 DE JULHO DE 2018 35 Queremos, por isso, garantir que os grandes objetivos inerent
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 104 36 Afinal, como sempre dissemos, a concertação s
Pág.Página 36
Página 0037:
7 DE JULHO DE 2018 37 Aplausos do PSD. Protestos da Deputada d
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 104 38 O Sr. Presidente (José de Matos Correi
Pág.Página 38
Página 0039:
7 DE JULHO DE 2018 39 Por fim, atribui-se competência para a fiscalização da aplica
Pág.Página 39