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I SÉRIE — NÚMERO 8

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Aplausos do PSD.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — É amnésia!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — É notável que os senhores, pura e simplesmente, não falem do período

entre 2015 a 2018. Não falam! Com uma semana cheia de greves — e os senhores apregoam as greves por

tudo e por nada —, não têm uma palavra para os portugueses que têm dificuldades em aceder aos cuidados de

saúde, não têm uma palava para os portugueses que não conseguem apanhar uma carruagem da CP, não têm

uma palavra para os portugueses que veem os seus filhos sem aulas neste ano letivo. Sabem porquê? Porque

os senhores estão muito incomodados por estarem associados a um Governo que efetivamente corta no

investimento público. Isto dói-vos na alma!

Protestos do BE e do PCP.

Como é que é possível que partidos de esquerda ortodoxos estejam associados a um Governo que fez o

maior corte no investimento público? Veja-se bem! Como é que é possível?!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Por isso é que os senhores só falam do período de 2011 a 2015,…

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Não têm vergonha nenhuma!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — … sabendo bem que tínhamos um programa de ajustamento, sabendo

bem que tínhamos de eliminar 800 km de ferrovia, sabendo bem que resgatámos Portugal desse programa de

ajustamento e mesmo assim estávamos a crescer, estávamos a diminuir o desemprego, e nunca fizemos o corte

no investimento público que os senhores fizeram.

Protestos do PCP.

Vou dar-vos um número: em 2016, houve um corte de mais de 1600 milhões de euros no investimento público

— mínimo histórico!; em 2017, cresceu um pouco mas muito abaixo do que aconteceu nos anos da troica. Como

é que é possível?!

O Sr. JoãoPauloCorreia (PS): — Cresceu 25%!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Srs. Deputados, os dados de 2018 apontam para que haja já um desvio

em relação ao que estava previsto pelo Governo. Aliás, o Governo reviu em baixa a execução do investimento

público, em outubro do ano passado. Segundo a UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) e o Conselho

das Finanças Públicas, já temos um desvio de quase 30%. É isto que vos incomoda! Os Srs. Deputados não

conseguem ter explicação para isto, não conseguem ter explicação para 1600 dias de consultas em atraso no

hospital da Guarda e 1200 dias de espera no hospital de Faro. Isto não tem discussão!

Como é que é possível que, durante este verão, as unidades de saúde do Poceirão e da Marateca, no meu

distrito, o distrito de Setúbal — e não vi os Srs. Deputados incomodados com isso —, tenham fechado, não

existiam profissionais? Os senhores são responsáveis por isso! A culpa é vossa! Aprovam todos os anos

Orçamentos do Estado, e isso dói-vos na alma!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Não enganem os portugueses, porque esses sabem perfeitamente que

vocês são os responsáveis pelo maior corte no investimento público e pela degradação dos serviços públicos.

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