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12 DE OUTUBRO DE 2018

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Agora, vamos aos partidos à nossa direita. Quais são as diferenças? Em primeiro lugar, a dimensão social

da sustentabilidade da dívida, de que acabei de falar, foi completamente ignorada pelo Governo PSD/CDS

durante a sua última governação — esta é a primeira grande diferença.

A segunda grande diferença é a de que a política económica que defendemos deve ter medidas coerentes

que promovam o consumo privado, a poupança, o investimento, as exportações. Ora, PSD e CDS ignoraram o

consumo privado, contraíram o consumo privado, que é o grosso da procura interna, e puseram todas as fichas,

entre aspas, na procura externa, o que consubstanciou uma errada política económica.

A terceira diferença é a de que o Governo PS tem uma posição proativa relativamente às regras europeias,

ao contrário do que foi dito aqui pela Deputada Mariana Mortágua. Nós sempre tivemos e continuamos a ter

uma política proativa em relação às regras. Nós discutimos, taco a taco, com a Comissão Europeia, o Orçamento

do Estado,…

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Taco a taco!…

O Sr. Paulo Trigo Pereira (PS): — … discutimos se as medidas são one-off ou não são one-off, discutimos

o saldo estrutural e confrontamos a Comissão Europeia, aliás, temo-la confrontado ao longo destes três anos,

com aquela que é a sua interpretação do nosso saldo.

Termino, porque ainda queria ficar com algum tempo suplementar, deixando, eventualmente, para a segunda

intervenção, aquilo que nos distingue da nossa esquerda, mas digo, desde já, que o PS de António Costa e o

grupo parlamentar estão cada vez mais cientes…

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Claro! Cada vez mais!

O Sr. Paulo Trigo Pereira (PS): — … de que temos uma batalha interna e externa na frente da redução da

dívida pública e da dívida externa do País.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Leitão Amaro, do Grupo

Parlamentar do PSD.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo:

No último ano, na Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, ouvimos

muitas personalidades e instituições sobre o sério e estrutural problema da elevadíssima dívida pública do nosso

País.

Depois disso, o que é que concluímos? Concluímos que nós, Portugal, somos um país de gente séria que

acredita que as dívidas são para pagar; nós somos um país de gente inteligente que sabe que quem não as

paga ou ameaça não pagar acaba a pagar muito mais.

A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — Exatamente!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Aos pensionistas é que não pagam!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Nós somos um país de gente com memória, que se lembra o quanto

sofreram, por exemplo, os argentinos, quando decidiram dizer «Não pagamos!»,…

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Cortam salários!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … mas também o quanto sofreram os portugueses, quando, na

bancarrota de 2011, ficaram praticamente sem quem lhes emprestasse o que quer que fosse.

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