O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 DE OUTUBRO DE 2018

13

O Sr. Pedro Soares (BE): — Mas também há!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Vocês é que mataram os serviços públicos!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Acreditamos numa outra visão, porque a visão de igualdade de

oportunidades tem de implicar que neste território também haja indústria, também haja serviços e uma economia

dinâmica que seja capaz de criar empregos. Se quisermos fazer do interior uma espécie de parque do território

onde só há agricultura e só há florestas, acho que, realmente, não estaremos a criar igualdade de oportunidades.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Vamos prosseguir com as intervenções.

Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Paulo Oliveira, pelo PSD.

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Saúdo o Grupo Parlamentar

do CDS-PP por trazer a este debate esta importante matéria para o País.

Temos um Portugal profundamente fraturado: um Portugal do litoral e um Portugal do interior; um Portugal

com esperança e um Portugal em declínio; um Portugal promissor e um Portugal redutor; um Portugal

congestionado e um Portugal abandonado.

Dois terços do território nacional estão ameaçados de despovoamento, arrastando consigo o abandono das

terras, das atividades produtivas e a perda da massa crítica necessária para viabilizar projetos e investimento.

Desde o início dos anos 80, sucessivos Governos implementaram programas de desenvolvimento territorial

com o propósito de corrigir as assimetrias do território, mas, infelizmente, nenhum deles foi capaz de estancar

o declínio demográfico e o despovoamento das áreas rurais.

Hoje, a valorização do interior é um problema nacional, é um problema de todos os portugueses. Os

desequilíbrios regionais geram injustiça social; a desertificação põe em causa a preservação do património

cultural; a excessiva concentração urbana no litoral acabará por redundar no agravamento das condições da

qualidade de vida dessas mesmas aglomerações. Estamos, por isso, perante uma questão de regime.

Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Como se podia antecipar, há quem goste de falar sobretudo do

passado. O passado é importante mas o presente é mais importante para quem vive no interior, e pelo presente

responde o Governo e respondem os partidos que o apoiam. Olhando para o presente, é para nós evidente que,

com aquilo que o Governo tem vindo a fazer, simplesmente, não vamos lá.

Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Um somatório de medidas avulsas e desgarradas, mesmo que bem-

intencionadas, nunca produziu resultados dignos desse nome — dizem-nos as estatísticas, dizem-nos as

pessoas que vivem no interior!

Na verdade, apesar de todo o «foguetório» do Governo, o que a realidade nos mostra é que não há mais

população no interior; não há mais emprego no interior; não há mais empresas no interior; não há mais hospitais

e centros de saúde no interior; não há mais médicos e enfermeiros no interior; não há mais investimento público

no interior.

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Não há memória!

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — O que a realidade nos mostra é o abandono e a perda de

competitividade da nossa floresta; é o ataque aos agricultores com o adicional do imposto sobre o gasóleo

agrícola, a que se somam novos impostos sobre aquele combustível; é o agravamento do imposto sobre

combustíveis, que penaliza, sobretudo o interior, onde a alternativa ao transporte público é praticamente

inexistente.

O que a realidade nos mostra é a supressão de horários e a substituição de comboios Intercidades por

comboios Regionais; o que a realidade nos mostra é o registo de maiores perdas de alunos no ensino superior

nas instituições do interior; o que a realidade nos mostra são sucessivos pedidos de demissão de médicos

diretores de hospitais, como os de Tondela e de Viseu, por manifesta falta de condições humanas e materiais;

Páginas Relacionadas
Página 0003:
26 DE OUTUBRO DE 2018 3 A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr.as Deputadas e Srs.
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 16 4 piedosos e medidas simbólicas que — há que dizê
Pág.Página 4
Página 0005:
26 DE OUTUBRO DE 2018 5 Do nosso estatuto fiscal fazem ainda parte medidas para as
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 16 6 Felizmente, hoje, o interior está diferente. Es
Pág.Página 6
Página 0007:
26 DE OUTUBRO DE 2018 7 O Sr. João Vasconcelos (BE): — Quem não se lembra, Sr.ª Dep
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 16 8 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É para
Pág.Página 8
Página 0009:
26 DE OUTUBRO DE 2018 9 o interior, sobre os territórios de baixa densidade, zero!
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 16 10 Como dizia, com este Governo, não só não exist
Pág.Página 10
Página 0011:
26 DE OUTUBRO DE 2018 11 Deveríamos introduzir também esse fio positivo no nosso di
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 16 12 A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.
Pág.Página 12
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 16 14 o que a realidade nos mostra é o encerramento
Pág.Página 14
Página 0015:
26 DE OUTUBRO DE 2018 15 o que é que o PSD tem a dizer a respeito disto, já que sem
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 16 16 Sr. Deputado, queria aproveitar também a circu
Pág.Página 16
Página 0017:
26 DE OUTUBRO DE 2018 17 Aplausos do PS. …com o Centro de Contacto da
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 16 18 aprovou recentemente duas medidas, em sede de
Pág.Página 18
Página 0019:
26 DE OUTUBRO DE 2018 19 todos os portugueses, incluindo os do interior, o pagament
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 16 20 Sr.ª Deputada, a minha pergunta é muito simple
Pág.Página 20
Página 0021:
26 DE OUTUBRO DE 2018 21 A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção,
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 16 22 O Sr. Duarte Alves (PCP): — Pois! <
Pág.Página 22
Página 0023:
26 DE OUTUBRO DE 2018 23 A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 16 24 Protestos do PSD e do CDS-PP. Ap
Pág.Página 24
Página 0025:
26 DE OUTUBRO DE 2018 25 A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Srs. Deputados, não h
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 16 26 Assim sendo, vamos prosseguir com uma interven
Pág.Página 26
Página 0027:
26 DE OUTUBRO DE 2018 27 A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, já ultr
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 16 28 Sr. Deputado, durante este ano, houve regiões
Pág.Página 28
Página 0029:
26 DE OUTUBRO DE 2018 29 Porquê? Porque, Srs. Deputados, este Governo está a ressus
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 16 30 Pareceu-nos estranho, uma vez que isso não se
Pág.Página 30
Página 0031:
26 DE OUTUBRO DE 2018 31 Nos territórios afetados pelos incêndios, além do de Pedró
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 16 32 A Sr.ª Margarida Balseiro Lopes (PSD):
Pág.Página 32
Página 0033:
26 DE OUTUBRO DE 2018 33 Não! Os senhores tinham um programa político e a aplicação
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 16 34 O Sr. Manuel Frexes (PSD): — Em suma, t
Pág.Página 34
Página 0035:
26 DE OUTUBRO DE 2018 35 Entretanto, assumiu a presidência o Presidente, Eduardo Fe
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 16 36 o seu território, permitindo, através do IMI,
Pág.Página 36
Página 0037:
26 DE OUTUBRO DE 2018 37 O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegámos ao fim
Pág.Página 37