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13 DE DEZEMBRO DE 2018

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Quanto à CP (Comboios de Portugal), a empresa que estava a ficar organizada, com paz social, onde havia

um plano para a renovação do material circulante — mais ambicioso que o apresentado, é certo —, o que é que

aconteceu? Colocou-se tudo em causa, atrasou-se o plano e ainda se reduziu a quantidade de comboios a

adquirir. O Governo promete comboios para 2022 ou 2023.

A EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S.A.), dado o atraso referido e a falta de

soluções, era fundamental para fazer face às necessidades de manutenção do material circulante da CP. O que

é que aconteceu? Não se definiu o futuro. Primeiro, era para ser dividida, depois, era para ter uma participação

internacional e agora já ninguém sabe o que vai ser da EMEF.

Certo é que uma definição antecipada teria ajudado a resolver muitos dos problemas do material circulante.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Infelizmente, não são só estes os falhanços, há mais e mais graves.

O Estado que falha nas infraestruturas físicas é o mesmo Estado que falhou aos portugueses em Pedrógão, em

Oliveira do Hospital, em Oliveira de Frades, em Tondela, em Monchique, em Tancos e, recentemente, no

incompreensível colapso da estrada em Borba, em que o Estado insiste em não pagar as indemnizações devidas

aos familiares, independentemente do necessário apuramento de responsabilidades.

Estamos perante um Governo que, em primeiro lugar, não é capaz de se entender com os portugueses; um

Governo recordista em greves e protestos; um Governo que não é capaz de garantir a segurança das

populações por força das cativações exigidas pelo Presidente do Eurogrupo, Mário Centeno; um Governo que,

em vez de dialogar com aqueles que, mesmo com dificuldades, nos continuam a servir, prefere confrontá-los e

acusá-los de irresponsabilidade.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Das promessas à realidade existe uma distância socialista. Na

propaganda, é um mar de rosas; na realidade, uma floresta de enganos.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Como dizia Konrad Adenauer, «Todos vivem sobre o mesmo céu, mas

nem todos veem o mesmo horizonte». E o horizonte dos portugueses é cada vez pior!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro do Planeamento e das

Infraestruturas, Pedro Marques.

O Sr. Ministro do Planeamento e das Infraestruturas (Pedro Marques): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs.

Deputados: Esta interpelação é reflexo do estado da oposição. A oposição está sem discurso perante a situação

do País.

Aplausos do PS.

Está sem agenda perante a situação do País e descobriu agora uma enorme paixão pelos sindicatos e pelas

greves.

O Sr. Joel Sá (PSD): — Ninguém falou disso!

O Sr. Ministro do Planeamento e Infraestruturas: — Esta oposição, que não tem forma de atacar os

resultados de política económica e social deste Governo, descobriu — esta oposição de direita, pasme-se! —

uma enorme paixão pelas greves e pelos sindicatos. Esta oposição, que na sexta-feira passada anunciava,

como quem rasgava as vestes, que ia interpelar o Ministro, que ia interpelar o Governo e que isso da

reprogramação era só propaganda, agora, «enfiou a viola no saco» e aqui, na abertura deste debate, nem uma