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21 DE DEZEMBRO DE 2018

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E de nada serviu tentar lançar uma cortina de fumo sobre a grave situação da saúde, expulsando o ex-

Ministro da Saúde, pois com a nova equipa governativa não mudaram as políticas, não mudou esta inoperância,

não mudaram as prioridades e os problemas graves estão bem à vista. Afinal, Sr.as e Srs. Deputados, esta

Ministra «também é Centeno», porque a austeridade, ao contrário do que propagandearam, não acabou, porque

este Governo impõe carga de impostos máxima, com serviços públicos mínimos, na saúde e noutras áreas,

serviços a desmoronarem-se e a que os portugueses têm um acesso muito prejudicado.

Temos um Governo que não negoceia, um Governo que não decide, um Governo que não governa. Será

que temos um Primeiro-Ministro e um Governo em greve à governação?

Aplausos do CDS-PP.

Sr.as e Srs. Deputados, o SNS está muito doente, promove a iniquidade no acesso aos cuidados de saúde,

é ineficiente e faz com que as famílias portuguesas gastem mais e mais do seu bolso em despesas de saúde.

Os profissionais estão exaustos e descontentes — ainda hoje de manhã o pudemos comprovar no Hospital Dona

Estefânia — e, ainda que demonstrem serenidade e consciência profissional, não veem chegar as soluções

prometidas.

De nada adianta virem reclamar que o SNS é uma prioridade, que é património talvez mais de uns do que

de outros, porque o SNS é de todos e uma conquista da democracia. O CDS encara-o como um desejável pilar

de coesão social e continuará a defender um serviço de saúde que garanta o acesso à saúde de todos os

portugueses,…

Aplausos do CDS-PP.

… um SNS que não seja refém de preconceitos ideológicos e que inclua novos modelos de gestão mais

eficientes e baseados em resultados, um SNS mais moderno e preparado para os desafios da inovação, do

aumento das doenças crónicas e do envelhecimento, um SNS para o século XXI.

A saúde não é mesmo uma prioridade para este Governo, que decidiu agora anunciar, apressadamente, uma

nova Lei de Bases da Saúde, em versão minimalista, censurada e condensada — mas sobre isso falaremos

mais daqui a pouco.

Foi, Sr.as e Srs. Deputados, mais um erro de governação, como se não bastassem já os outros.

Mas, não nos iludamos, os graves problemas atuais do SNS não se resolvem, no imediato, com uma nova

lei de bases, ainda que reconheçamos que ela é uma necessidade para a modernização do serviço de saúde

português. A precipitação, a inflexibilidade e a demagogia em nada beneficiarão uma revisão que se quer

ponderada e refletida. Aliás, o CDS contribuirá, em devido tempo, com as suas propostas, para uma matéria tão

importante quanto esta, já que, de facto, a versão mais recente é omissa, pobre e, claramente, pior do que a

anterior.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, já ultrapassou largamente o tempo de que dispunha. Peço-lhe que

conclua.

A Sr.ª IsabelGalriçaNeto (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Sr.as e Srs. Deputados, este Governo, de António Costa e Mário Centeno, apoiado pelas esquerdas unidas,

promete mas não resolve, anuncia mas não faz.

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª IsabelGalriçaNeto (CDS-PP): — O CDS estará atento e irá exigir respostas concretas do Governo e

das bancadas que o apoiam e mudanças no novo ciclo que se adivinha.

Aplausos do CDS-PP.