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I SÉRIE — NÚMERO 31

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O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, a Mesa registou a inscrição de cinco Srs. Deputados para lhe formularem

pedidos de esclarecimento. Como pretende responder?

A Sr.ª IsabelGalriçaNeto (CDS-PP): — Sr. Presidente, respondo, primeiro, a um conjunto de três Srs.

Deputados e, depois, a um conjunto de dois.

O Sr. Presidente: — Então, para pedir esclarecimentos, tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado

José António Silva.

O Sr. José António Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto, a governação das

esquerdas na área da saúde começou por ser uma ilusão e, agora, quase no final da Legislatura, podemos já

dizer que não passa de uma fraude. Ainda ontem, ouvimos o Dr. Adalberto Campos Fernandes dizer — pasme-

se! — que falta investimento no Serviço Nacional de Saúde. É preciso descaramento! Ainda há dois meses,

quando era Ministro da Saúde, dizia que o investimento do Governo no Serviço Nacional de Saúde era mais do

que suficiente. Mas a verdade, porém, é que, nos dois primeiros anos completos de governação social-

comunista, o setor da saúde registou um corte na despesa de investimento na ordem dos 26%, em comparação

com 2015.

O PSD anda há anos a denunciar a degradação que o Serviço Nacional de Saúde está a sofrer às mãos

deste Governo: é a estagnação das reformas dos cuidados de saúde primários hospitalares descontinuados e

paliativos; são as urgências sobrelotadas que lembram cenários de guerra, como ainda há meses denunciava o

Bastonário da Ordem dos Médicos; são os tempos de espera de meses e anos para as consultas hospitalares;

são as listas de espera para operações que não param de aumentar; são as queixas dos utentes a aumentar,

sendo muitos deles tratados sem qualquer dignidade; são as ruturas nos serviços de emergência médica; são

as greves dos profissionais de saúde e as demissões dos responsáveis hospitalares já desesperados com a

total incompetência do Governo em resolver os problemas que criou ou deixou agravar.

Se o anterior Ministro da Saúde tinha perdido a credibilidade política, a atual Ministra parece seguir-lhe os

passos, e só está há dois meses na função. Nesses dois meses, foi incapaz de obstar às causas que levaram à

greve de enfermeiros que já provocou o adiamento de mais de 7000 cirurgias. Ao invés, preferiu insultar toda

uma classe para, depois, ser obrigada a pedir desculpas públicas.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado. Já ultrapassou o tempo de que dispunha.

O Sr. José António Silva (PSD): — Agora, resolveu «atirar areia para os olhos dos portugueses», fazendo

o Governo aprovar uma proposta de lei de bases da saúde que cola o Partido Socialista à extrema-esquerda

estatizante.

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. José António Silva (PSD): — Sr. Presidente, coloco apenas uma questão à Sr.ª Deputada Isabel

Galriça Neto: como julga que será o serviço de saúde no final do próximo ano?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, também para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Carla Cruz, do

Grupo Parlamentar do PCP.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto, ultimamente, quando a Sr.ª

Deputada aqui intervém sobre saúde, tem-nos habituado às tentativas de ilibar as enormes responsabilidades

que o CDS tem nesse setor e, particularmente, no SNS.

A Sr.ª Deputada disse que o Serviço Nacional de Saúde nunca esteve tão mal como está agora. Vou avivar-

lhe a memória, porque a Sr.ª Deputada quer esquecer os quatro anos de Governo do PSD/CDS-PP no que

respeita à saúde.