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I SÉRIE — NÚMERO 38

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O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … e mantém-se agora com esta lei a ficar de fora. Porquê e o que

querem esconder?

O Sr. Presidente: — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Termino já, Sr. Presidente.

O que nós aqui aprovámos são três mecanismos essenciais: informação e transparência pública, uma dirigida

ao Banco de Portugal, outra aos representantes do povo nesta Assembleia da República sobre grandes créditos

incumpridos; acesso às comissões parlamentares de inquérito; e uma auditoria independente. Com isto,

fazemos justiça ao esforço dos portugueses.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: — Também para uma declaração de voto sobre o mesmo assunto, tem a palavra o Sr.

Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O texto legislativo que

hoje aqui aprovámos é de enorme importância. Em todas as comissões de inquérito ao sistema financeiro, o

CDS empenhou-se para que a verdade fosse sempre apurada e para que não houvesse dinheiro público, que é

dinheiro dos contribuintes, a ser posto na banca sem que os portugueses soubessem porque é que isso tinha

de acontecer. Foi assim desde a comissão de inquérito ao BPN, em que, representado pelo Deputado Nuno

Melo, o CDS se bateu pelo apuramento de todos os factos e de todas as responsabilidades.

Mas há algo de que nos orgulhamos neste momento: nunca a nossa posição foi diferente pela natureza do

banco que estava em causa nem pelo momento político que se vivia. O CDS foi igualmente exigente com bancos

privados como o foi em relação à Caixa Geral de Depósitos, e foi igualmente exigente quando estava na

oposição, por exemplo no caso BPN, e quando estava no Governo, por exemplo no caso do BES.

E só podemos agora invocar esta coerência, porque o nosso princípio foi o mesmo que presidiu ao que

defendemos neste processo legislativo: a responsabilidade de pôr dinheiro dos contribuintes em instituições

financeiras implica uma outra responsabilidade, que é a de ser totalmente transparente e empenhado no

apuramento de responsabilidades e na necessidade de chamar a pagar quem, efetivamente, tem

responsabilidade por este tipo de processos.

O Estado, até agora, falhava nesta parte. Felizmente, avançamos um pouco, mas não avançamos tudo o

que devíamos avançar.

Esta lista de devedores, que agora vai ser conhecida, e não haja demagogias sobre isso, é dos devedores

que não cumpriram as suas obrigações, que originaram situações de perda e que levaram os bancos a uma

situação em que teve de ser injetado dinheiro. Não há nenhuma devassa nem nenhuma situação de

concorrência desleal, há o conhecimento da responsabilidade de quem efetivamente tem essa responsabilidade.

Mas não devíamos ficar por um relatório à Assembleia da República, essa informação devia ser pública,…

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe para concluir, por favor.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … porque o dinheiro que é chamado a estes bancos não é

dinheiro dos políticos, é dinheiro dos contribuintes e os contribuintes mereciam essa verdade, não mereciam

que, com a abstenção do PS e o voto contra do PSD, esta informação continuasse a ser-lhes privada.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Também para uma declaração de voto, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana

Mortágua, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.

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