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I SÉRIE — NÚMERO 46

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Apelo aos Sr. Deputados para que esta petição possa ter consequências. Aos peticionários, aos profissionais,

aos doentes, às suas famílias e seus amigos, agradeço por nos ajudarem a ter esperança, a acreditar na

esperança. Estou certa de que terá um dia e será o primeiro dia da primavera, que não foi escolhido por acaso.

É na primavera que o tempo começa a melhorar.

É uma boa altura para pensar a esperança!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Moisés Ferreira,

do Bloco de Esquerda.

O Sr. MoisésFerreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, e em

nome do Grupo Parlamentar Bloco de Esquerda, gostaria de saudar e cumprimentar os muitos peticionários, em

particular — e não me levarão a mal que o faça —, o Dr. Laranja Pontes, que se encontra nas galerias, e que

foi, talvez, o principal porta-voz desta ideia que, hoje, debatemos na Assembleia da República, a ideia de criar

o Dia da Esperança.

Esperança, como dizem os peticionários, para homenagear cuidadores, profissionais e, particularmente, o

doente oncológico. Esperança na luta contra o cancro, porque a luta contra o cancro é feita desse mesma

esperança. Esperança na evolução científica, esperança em mais sobreviventes oncológicos, em mais qualidade

de vida. Esperança em que um diagnóstico de cancro não seja uma fatalidade.

Estamos, por isso, de acordo com os peticionários e com aquilo que é proposto debater agora na Assembleia

da República. O que se propõe, afinal, é um dia para falar de forma desassombrada sobre cancro, para combater

o estigma, para destruir preconceitos, mas para falar, também, das histórias de sobrevivência que dão essa

mesma esperança. Um dia para falar da doença e também do seu tratamento, para falar do doente e da sua

dignidade, para falar da vida e da qualidade de vida.

Todos sabemos que as doenças oncológicas são cada vez mais prevalentes, e sê-lo-ão ainda mais no futuro,

e, por isso, deve falar-se mais sobre elas. Fazem parte do dia a dia e, estamos também de acordo, devem

pertencer ao debate público do dia a dia. Por isso, da parte do Bloco de Esquerda, também gostaríamos de ver

as tais consequências desta petição que já aqui foram referidas.

Achamos mesmo que seria muito interessante e muito importante que todos os grupos parlamentares na

Assembleia da República, em consenso e por unanimidade, conseguissem concretizar o objeto desta petição.

Pela parte do Bloco de Esquerda, estamos disponíveis a participar e a contribuir para que tal seja feito e,

sem querer antecipar as intervenções dos outros grupos parlamentares, estamos também em crer que todos os

grupos parlamentares estarão com essa disponibilidade e, por isso, vamos a esse trabalho. Da nossa parte,

estamos disponíveis para fazer esse trabalho, para criar o Dia da Esperança que é proposto pelos peticionários.

Aplausos do BE e da Deputada do PS Maria Antónia de Almeida Santos.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Luís Vales, do

PSD.

O Sr. Luís Vales (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Discutimos, hoje, a Petição

n.º 465/XIII/3.ª, da iniciativa do IPO (Instituto Português de Oncologia) do Porto, através da qual mais de 6500

cidadãos — entre os quais o Dr. Laranja Pontes, que, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, aproveito para

saudar — solicitaram a esta Assembleia a criação do Dia Nacional da Esperança.

Com esta petição, da qual tive o privilégio de ser relator, os peticionários pretendem homenagear os doentes

oncológicos, bem como os seus cuidadores e os profissionais de saúde que dedicam a esses doentes o melhor

do seu saber e da sua dedicação.

Esta petição reveste-se de um elevado significado, merecedor de reflexão, porque a realidade sobre a qual

incide diz respeito a todos e a cada um de nós, cidadãos.

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