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I SÉRIE — NÚMERO 46

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O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. João Dias (PCP): — Mas também que seja uma necessidade de intervenção diária pela exigência de

mais profissionais de saúde, mais formação para os profissionais de saúde, mais recursos e meios para o SNS;

mais e melhor acesso a consultas, tratamentos e exames.

Srs. Deputados, o ritmo vertiginoso do progresso científico e técnico na área da saúde, e em particular na

oncologia, tem contribuído, e muito, para a sobrevivência. Mas não podemos deixar de referir que há

medicamentos que, não sendo inovadores, são muito efetivos e que, muitas vezes, escasseiam nos serviços de

saúde.

O PCP defende que os medicamentos e as tecnologias de saúde a utilizar na prestação de cuidados de

saúde devem estar de acordo com os mais recentes conhecimentos científicos e desenvolvimentos técnicos e,

simultaneamente, com o recurso aos estudos que demonstrarem a pertinência, o custo-efetividade e a vantagem

económica da respetiva utilização no contexto do serviço público de saúde.

Reclamamos ainda o investimento necessário para que as unidades estejam apetrechadas de meios para

prestar cuidados de saúde de qualidade e de forma atempada.

Reafirmamos: que se faça do Dia Nacional da Esperança, mais do que um dia, uma intervenção diária e

contínua!

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Galriça

Neto, do CDS-PP.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Queria, na

pessoa do Sr. Prof. Laranja Pontes, saudar todos os peticionários e aproveitar esta oportunidade para

cumprimentar, felicitar e agradecer o empenho do IPO do Porto, de todos os IPO, de todas as instituições que

tratam pessoas com cancro em todas as fases da doença, e para dizer que o vosso trabalho nos orgulha e que

o País está grato por aquilo que fazem.

O CDS tem estado sempre presente em matéria de acompanhamento da doença oncológica e, portanto, só

pode saudar esta iniciativa com um tema que nos é particularmente grato, a esperança. De facto, a esperança

— e queria aproveitar para clarificar — é importante em todas as fases da vida, estando nós doentes ou não, e

importa lembrar que ela é uma expectativa positiva para atingir um objetivo, seja ele a cura ou outro. Não há

esperança apenas quando há cura; há esperança, e deve ser promovida, em todas as fases da doença.

Portanto, para nós, a promoção da esperança deve ser uma realidade em todos os serviços que tratam

pessoas com cancro, quer eles se curem quer não se curem.

O que importa mesmo é a gestão das expectativas. O que importa é ter uma comunicação adequada e não

fomentar expectativas irrealistas, na pretensa esperança de que, isso sim, promova a esperança.

Importante é, de facto, em todas as fases doença — permitam-me que insista —, promover uma esperança

proativamente.

Mas, mais do que a criação de um dia, que, com certeza, todos nós iremos acarinhar, serão ações concretas

e consistentes que fomentarão a esperança das pessoas com cancro, a esperança dos profissionais.

E, lamentavelmente, temos de dizê-lo, promessas que não são cumpridas e desinvestimento nesta área não

aumentam a esperança aos pacientes.

Já aqui se disse, e não vale a pena escamotear a verdade: as assimetrias no acesso aos tratamentos e aos

medicamentos inovadores, o aumento dos tempos de espera para consultas, para rastreios e para cirurgias, a

falta de apoio aos cuidadores, o atraso e o adiamento da realização de exames complementares de diagnóstico

não promovem a esperança dos nossos pacientes.

Portanto, sugerimos, recomendamos que este Governo crie, verdadeiramente, meios para, de uma forma

concreta e efetiva, promover a esperança diária, sem prejuízo de todos nós, nesta Câmara — e com certeza

que o faremos na Comissão de Saúde, a partir do Grupo de Trabalho para o Acompanhamento das Doenças

Oncológicas —, tomarmos as medidas que entendamos necessárias e adequadas para que os doentes

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