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I SÉRIE — NÚMERO 52

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Desta vez, esta comissão parlamentar de inquérito tem um facto novo, uma peça fundamental para produzir

conclusões e outras conclusões que serão do interesse público e do interesse dos portugueses.

Recordo que foi em 2011 que a Caixa teve, pela primeira vez, prejuízos e, na altura, o Governo, em 2012,

poderia ter aí encontrado uma boa justificação para determinar uma auditória à gestão da Caixa, entre 2000 e

2011, mas não o fez.

Em 2012, quando o Governo capitalizou a Caixa Geral de Depósitos, como este Governo fez, passado uns

anos, também poderia ter encontrado aí uma boa oportunidade para determinar uma auditória à Caixa Geral de

Depósitos, mas também não o fez.

Entre 2013 e 2015, quando a Inspeção-Geral de Finanças, nos seus relatórios trimestrais, informou o

Governo de que o nível de imparidades disparou de 4500 milhões de euros para 5200 milhões de euros, entre

final de 2013 e final de 2015, o Governo anterior também teve uma boa oportunidade para determinar uma

auditoria à Caixa Geral de Depósitos, mas também não o fez.

Aplausos do PS.

Se estes três momentos eram mais do que justificativos para uma auditoria à Caixa, quando o ex-Primeiro-

Ministro, em plena campanha eleitoral, em julho de 2015, disse que estava muito preocupado com a situação

da Caixa porque não podia pagar os CoCo (Contingent Convertible Bonds) que devia ao Estado, nessa altura

era a razão maior para o anterior Governo determinar uma auditoria à Caixa Geral de Depósitos, e também

entendeu não fazê-lo.

O Sr. Carlos César (PS): — Muito bem!

O Sr. JoãoPauloCorreia (PS): — Os portuguese querem saber que créditos é que foram concedidos,

contrariando os pareceres da Direção de Gestão de Riscos da Caixa ou que não respeitaram os pareceres da

Direção de Gestão de Riscos.

A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — Isso é que é demagogia!

O Sr. JoãoPauloCorreia (PS): — Os portugueses querem saber que créditos é que foram reestruturados,

contrariando, também, os pareceres da Direção de Gestão de Riscos da Caixa ou que não respeitaram as

garantias definidas nesses pareceres.

Os portugueses querem conhecer que intromissões é que ocorreram, por parte dos anteriores Governos, na

gestão da Caixa.

Os portugueses querem saber quem são os responsáveis e apurar as responsabilidades dos prejuízos

causados ao património da Caixa Geral de Depósitos.

Da parte do Partido Socialista, os portugueses podem esperar justiça, um trabalho exigente, rigoroso e sem

olhar a quem.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

Faz favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª MarianaMortágua (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Temos hoje condições para fazer uma

avaliação séria do que se passou na Caixa. É certo que essa avaliação não irá cobrir todo o histórico de

operações da Caixa, mas também sabemos que querer avaliar tudo é muitas vezes sinónimo de não olhar nada

em pormenor. E é por isso que é sensato que nos concentremos no período de 15 anos, entre 2000 e 2015, em

que resultaram as maiores imparidades.

O que nos cabe avaliar, nesta comissão de inquérito, é que parte destes prejuízos é que poderiam ter sido

evitados. O que nos cabe avaliar é se essas operações cumpriram as regras internas da Caixa. O que nos cabe

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