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I SÉRIE — NÚMERO 54

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Aplausos do PS.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Quanto a unidades de saúde familiar, zero!

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar a um período de intervenções.

Tem a palavra o Sr. Deputado André Silva, do PAN, para uma intervenção.

O Sr. André Silva (PAN): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: O CDS

censura este Governo porque diz que está esgotado, que cria problemas e que é incapaz de encontrar soluções,

sendo o caso mais gritante o que se está a passar na saúde.

Ficámos muito curiosos e fomos logo procurar aquela parte do texto onde o CDS faz uma crítica à visão

redutora que o Governo e os partidos do regime têm da saúde, em que se aposta na reação e não na prevenção.

Não a encontrámos!

Como a diabetes subiu 40% nos últimos anos e um quarto das pessoas que morre nos hospitais tem esta

doença, fomos ainda à procura, no texto, daquela parte em que o CDS censura o Governo por não apostar em

políticas fiscais e de sensibilização, dissuasoras do consumo excessivo de sal, açúcar ou carnes processadas,

evitando doenças e hospitais sobrelotados. Também não encontrámos essa parte!

Fomos ainda procurar onde é que o CDS condena o Governo pela total permissividade a empresas que

devastam os ecossistemas e contaminam o ar que respiramos e a água que bebemos, como são a Celtejo, a

Siderurgia Nacional ou as muitas suiniculturas ilegais a operar no País. Nada!

Procurámos ainda, na moção de censura, aquela parte em que o CDS fala da atitude do Governo em relação

à maior crise que vivemos: as alterações climáticas. Zero!

Mas enfim, o CDS lá conseguiu censurar o Governo em matéria de agricultura. Tanta coisa para censurar e

honestamente não conseguimos perceber o porquê desta parte. Capoulas Santos é o melhor Ministro da

Agricultura que o CDS já teve!

Risos.

Está a transformar o Alentejo num olival superintensivo, quer massificar o turismo cinegético, aumenta

exponencialmente a cada ano a exportação de animais vivos, violando regulamentos europeus, e é brilhante a

esbanjar dinheiro público nos apoios à indústria da carne e do leite.

E, mais: tal como o CDS, despreza a agricultura biológica.

Risos.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Isto não é brincadeira!

O Sr. André Silva (PAN): — Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, é muito mais o que une PS e CDS que aquilo

que os separa. Não é o Governo que está esgotado, é o regime que está falido. Os partidos incumbentes

convergem no agudizar dos problemas estruturais do País e mostram-se incapazes de encontrar soluções à

altura dos desafios e dos valores do século XXI, capturados que estão pelas suas ideologias e interesses

corporativos.

O PAN defende que é preciso fazer um outro caminho no País, mas não da forma pouco responsável como

hoje propõe o CDS, com eleições antecipadas.

O País precisa de estabilidade governativa e daqui a meio ano as portuguesas e os portugueses serão

chamados a fazer escolhas, a escolherem um projeto que garanta um Estado social eficaz, uma economia

baseada na gestão responsável das finanças públicas e com uma visão estratégica de longo prazo que priorize

o combate às alterações climáticas. Haja mas é coragem para isso!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado António Filipe, do Grupo

Parlamentar do PCP.

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