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21 DE FEVEREIRO DE 2019

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Ministro que era com uma «postura de diálogo e compromisso» que se apresentaria perante esta Assembleia.

Simulava uma humildade e até um respeito que nunca concretizou.

Sabemos hoje que não se referia aos representantes de todos os portugueses e que lhe importam apenas

aqueles representantes que lhe permitiram estar no poder e manter o poder. Esses, o PCP, o Bloco de Esquerda

e o Partido Ecologista Os Verdes, aplaudem com vigor, nos dias pares, o que antes repudiavam e fingem, nos

dias ímpares, que nada têm a ver com este Governo, porque é preciso disputar votos. Então, aí, o País, afinal,

não vai tão bem.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Este é o Governo do Primeiro-Ministro que, quando aqui devia prestar

contas do seu trabalho, porque aqui presta contas a todos os portugueses e não apenas aos eleitores

selecionados, não tem pejo em introduzir qualquer manobra que desvie as atenções das suas falhas

governativas. Fá-lo porque a ideia de desrespeito por este órgão lhe é indiferente.

O que este Primeiro-Ministro parece não compreender é que não é o PSD que desrespeita, quando faz estes

números e se compraz com manipulações bem sucedidas, não é sequer o PSD que indigna, quando tenta

reescrever a história com a maior desfaçatez, desrespeita e indigna os portugueses quando mente, negando

que herdaram um País a crescer, em 2015, e fá-lo constantemente.

Protestos do PS.

A indignação que importa não é a do PSD, é a dos portugueses, porque foi dos portugueses o sacrifício de

salvar o País da bancarrota socialista e não há um debate em que não seja preciso repor a verdade, porque

aqui são incapazes de assumir a responsabilidade por aquilo que fizeram.

Aplausos do PSD.

Se não são capazes de viver com o incómodo que isso vos gera, tenham a decência e o pudor de não atribuir

as culpas a quem esteve cá para resolver o problema.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Este é o Governo que escolheu dizer que tinha virado a página da

austeridade e repetiu-o incessantemente, na busca de uma narrativa a gosto.

Este é o Governo que veio prometer a recuperação de rendimentos e que aplicou a maior carga fiscal de

sempre nos impostos que são iguais para todos, para os que podem pagar e para os que não podem pagar,

baixando com grande pompa os combustíveis para, com a outra mão, aumentar a taxa de carbono.

É o Governo que discrimina entre funcionários públicos e funcionários do privado, jogando eleitoralmente

com a desigualdade em vez de a combater, que prometeu tudo a todos em troca de uma paz social que dava

jeito à narrativa, e, depois, culpa e difama professores, enfermeiros, guardas prisionais, funcionários judiciais,

de entre uma longa lista, por exigirem o cumprimento dessas promessas.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — É o Governo de um tempo tão diferente que até o significado de

«greve» manipula. Em todo o Governo anterior, quando houve, aliás, menos greves, diziam que elas eram

«descontentamento social». Pois, hoje, agora, são fruto de melhores expetativas de vida!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Exatamente!

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