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I SÉRIE — NÚMERO 57

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A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Não, não é falso, Srs. Deputados!

O balanço destes três anos de governação da vossa responsabilidade, com o apoio das bancadas das

esquerdas unidas, é, de facto, muito, muito negativo.

Infelizmente, existe um descontentamento dos profissionais, que é gritante, com uma falta de paz social, uma

falta de capacidade negocial, com claro prejuízo para a saúde dos portugueses,…

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — É mentira!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — … temos recursos humanos insuficientes e exaustos, com

demissões que se sucedem.

Neste momento, a oradora exibiu uma página do jornal Diário de Leiria.

O Sr. António Sales (PS): — Isso são só jornais!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — As últimas de que tivemos nota foram as de Leiria, mas de norte a

sul do País isso também tem acontecido. E sabe porquê, Sr.ª Ministra? Invocando falta de condições de trabalho

e falta de condições de segurança para os utentes. É gravíssimo, num país da Europa, que não se ouça o que

dizem os profissionais a este respeito.

Mas, mais: como já aqui foi amplamente divulgado, temos pior acessibilidade às consultas e aos tratamentos.

E sabe porquê, Sr.ª Ministra? Como dizem hoje em Leiria, por falta de recursos humanos, os tais que a senhora

disse que contratou mas que nem nós nem os profissionais sabem onde estão.

Portanto, nesta ocasião, em que continuam a não baixar as dívidas aos fornecedores — face aos valores de

2015, ao contrário da vossa propaganda, eles não baixaram, não foram reduzidos —, de facto, temos todas as

razões para preocupação.

E nesta ocasião, como também ficou patente neste debate, em que se atira ideologia para cima dos

problemas quando eles não se resolvem com ideologia, Sr.ª Ministra,…

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Pois não! Mas também não é mandar tudo para os privados!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — … pretendemos chamar a atenção, nesta ocasião em que se discute

a ADSE e a lei de bases da saúde, seguramente temas relevantes, que estes não podem servir de cortina de

fumo para tapar, para ocultar a calamitosa realidade do Serviço Nacional de Saúde, a responsabilidade que os

senhores têm sobre essa realidade, a responsabilidade que têm pelo descontentamento dos profissionais e pela

desconfiança com que olham para este Governo.

E, por falar de cortina de fumo, queria lembrar que, mais uma vez, hoje, aqui, o que vimos foi um número de

ilusionismo, de contorcionismo do Bloco de Esquerda, do PCP e de Os Verdes, que vêm dizer: «Não, isto está

pior mas não tem nada a ver connosco!». Por acaso, foram os senhores que viabilizaram quatro orçamentos,

que são, apenas e só, o principal instrumento de ação governativa. Portanto, como é que podem querer ser

levados a sério?! Ninguém vos leva a sério, Srs. Deputados!

Protestos do Deputado do BE Moisés Ferreira e do Deputado do PCP Francisco Lopes.

Vou terminar, Sr.ª Presidente, dizendo que, efetivamente, para este Governo a saúde não tem sido uma

prioridade. Para este Governo, para o Partido Socialista e para as bancadas que apoiam e viabilizam, em cada

Orçamento, este Governo, a saúde não tem sido uma prioridade e nós precisamos de mudanças claras.

A Sr.ª Ministra disse que era para andar para a frente. Não vai ser, seguramente, com o Partido Socialista e

com as esquerdas unidas que vamos andar para a frente. Os portugueses já não se deixam enganar e,

seguramente, que o CDS fará a sua parte. Connosco, tenha a certeza que a saúde vai andar para a frente!

Aplausos do CDS-PP.

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