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28 DE FEVEREIRO DE 2019

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A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Os portugueses sabem bem o que querem!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção por Os Verdes, tem a palavra o Sr. Deputado

José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Galriça Neto, pelo menos da parte

de Os Verdes nunca ouviu dizer que as coisas estão piores. Aliás, acho que até devia ser difícil que as coisas

estivessem piores do que os senhores as deixaram. Deve ser muito difícil!

A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Muito bem!

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Na verdade, Sr.ª Ministra, as coisas não estão piores mas não

estão bem.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Ah!

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — É diferente do que dizer-se isso!

Mas também sabemos que o problema não é de hoje e que a situação que agora se está a viver é o resultado

das insuficiências estruturais de opções políticas de vários governos que, ao longo de décadas, insistiram no

subfinanciamento do SNS.

Aliás, neste contexto, nunca é demais recordar o encerramento de serviços de saúde por todo o País, a

redução de camas e de profissionais de saúde, a acentuada degradação dos direitos e das condições de trabalho

dos profissionais de saúde, que, vindo de trás, atingiu todos os limites com o Governo anterior, como sabemos.

Quanto aos profissionais de saúde, é preciso ter presente que, pela mão do Governo PSD/CDS, a saúde

perdeu mais de 7000 profissionais, o que veio, naturalmente, agravar a capacidade de resposta tanto nos centros

de saúde como nos hospitais do SNS.

Sr.ª Ministra, Os Verdes não pretendem desvalorizar os passos que foram dados nesta Legislatura no sentido

de contrariar estas políticas que deixaram a saúde mais fragilizada do que nunca. Hoje, contamos com mais

médicos, com mais enfermeiros, com mais técnicos de diagnóstico e, de uma forma geral, com mais profissionais

de saúde em várias áreas. Mas a verdade é que não chega. Temos mais profissionais, é certo, mas também é

certo que continuam a ser insuficientes.

Para além disso, é também necessário resolver o problema das carreiras destes profissionais, e não nos

referimos apenas aos enfermeiros, referimo-nos também aos técnicos de diagnóstico e terapêutica e, de uma

forma geral, a todos os profissionais de saúde.

Também é absolutamente imperioso dar resposta aos outros problemas com que a saúde se confronta,

nomeadamente às situações de rutura que se vivem em muitos serviços de urgência, aos tempos de espera

para consultas, que começam a ser intoleráveis, à falta de equipamentos que é sentida em muitos hospitais e,

sobretudo, é preciso remover obstáculos ao acesso aos cuidados de saúde.

Há, portanto, muito a fazer, Sr.ª Ministra, para garantir a natureza universal do Serviço Nacional de Saúde.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para mais uma intervenção pelo Partido Socialista, tem a palavra a

Sr.ª Deputada Jamila Madeira.

A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O momento

atual coloca na nossa frente a necessidade de, humildemente, dizer a todos que estamos a trabalhar e

continuamos a trabalhar em prol de um SNS que sirva os portugueses e que salvaguarde os direitos à proteção

na saúde. Hoje, neste debate, falámos de pessoas, pois são elas que beneficiamos quando construímos os

caminhos e as soluções da saúde em Portugal.

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