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I SÉRIE — NÚMERO 64

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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito obrigado, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Rubina Berardo (PSD): — Digo isto porque até pelas greves de hoje culpa o seu antecessor,

esquecendo-se que é Primeiro-Ministro há quase quatro anos e que, por isso, a responsabilidade é sua.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Rubina Berardo (PSD): — Hoje, este debate sobre um nosso parceiro estratégico faz-se em torno

das novas preocupações generalizadas dos nossos aliados naturais, e é sobre essas que deve agir.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — A próxima intervenção cabe ao Partido Socialista, que vai dividir

o seu tempo por dois oradores.

Em primeiro lugar, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Santos.

A Sr.ª Isabel Santos (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Sr. Primeiro-

Ministro: Os próximos meses serão decisivos para a União Europeia. A eleição do novo Parlamento Europeu

ocorre num contexto particularmente desafiante.

Como sublinhou o Presidente da Comissão, no discurso sobre o estado da União, em setembro passado, as

escolhas dos eleitores refletirão a sua confiança na capacidade da União Europeia para dar resposta aos

problemas que nenhum dos Estados-Membros pode resolver individualmente e nos valores e princípios que são

o esteio da União.

Vivemos um momento do qual ressaltam a divergência, a divisão, a falta de solidariedade, os nacionalismos

e a saída do Reino Unido da União Europeia. Estas circunstâncias exaltam a necessidade de prosseguir com a

concretização de políticas capazes de garantir níveis elevados de confiança, segurança, proteção e qualidade

de vida aos cidadãos europeus.

São colossais os desafios com que a União Europeia se confronta, a saber: o desafio de garantir que a

retoma do crescimento económico a que a Europa tem vindo a assistir nos últimos anos reverta verdadeiramente

em benefício de todos, o que implica investir nos empregos do futuro e tirar partido da transição para uma

economia digital e hipocarbónica; os desafios ligados aos fluxos migratórios, que, embora tenham diminuído de

intensidade em relação a 2015 e 2016, continuam a exigir soluções comuns e sustentáveis; e ainda os desafios

que se colocam às sociedades democráticas, aos nossos valores e à nossa segurança, corporizados pelo

terrorismo, pelos ciberataques e pelas campanhas de desinformação.

A toda esta multiplicidade de incitamentos, acresce ainda uma conjuntura mundial instável, insegura e em

rápida mutação.

Diante de tudo isto, é importante realçar que a agenda do próximo Conselho Europeu evidencia o empenho

continuado na busca de soluções comuns. Verificamos, com agrado, a inclusão na agenda de temas como o

emprego, o crescimento e a competitividade.

A economia europeia tem vindo a prosseguir numa trajetória de crescimento e de criação de emprego, mas,

para assegurar a sua continuidade de forma estável e sustentável, são necessárias reformas, reformas que nos

preparem, nomeadamente, para a era digital, a era das novas tecnologias e a era da inteligência artificial.

Estamos diante de uma grande transformação do nosso modelo económico, o que constituirá outro dos

grandes desafios a enfrentar nos próximos tempos. A União Europeia tem vindo a revelar empenho neste

domínio, mas será que é possível avançar de forma mais intensa e, tirando partido deste período de crescimento,

criar condições para enfrentar, com garantias de maior êxito, a nova política industrial para a Europa, que

queremos mais amiga da convergência e do emprego, num ambiente de competitividade com os novos

mercados emergentes?

Gostaríamos de o ouvir sobre estas matérias, Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do PS.

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