20 DE MARÇO DE 2019
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Os dados mais recentes de que dispomos confirmam estas expetativas. No último trimestre de 2018, os
dados mostram que tanto o consumo privado como, acima de tudo, o investimento aceleraram de forma
significativa, com este último a crescer acima dos 7% face ao ano anterior.
Também os dados da receita mostram o continuado ritmo de crescimento da economia portuguesa: em
janeiro e fevereiro, tanto a receita de IRS como as contribuições sociais cresceram acima de 7%, face ao mês
homólogo de 2018, e a receita de IVA cresce a um ritmo de dois dígitos. Trata-se de impostos e taxas que não
sofreram aumentos, sendo exclusivamente atribuível o crescimento da receita a mais emprego, mais rendimento
e maior atividade da economia portuguesa.
Aplausos do PS.
Mas há um dado que gostaria de destacar, que é da maior importância por representar o melhor indicador
de confiança que podemos ter: a vontade de investimento por parte das empresas.
Na sexta-feira passada, encerrou o concurso do novo Sistema de Incentivos à Inovação. Recebemos 1155
candidaturas, com um investimento associado de 2840 milhões de euros e a previsão de 16 250 novos postos
de trabalho a criar. Este é o maior investimento empresarial do Portugal 2020, mostrando bem como o
investimento se mantém como o principal motor da economia portuguesa, tanto mais que se trata de
investimento inovador e, na sua grande maioria, protagonizado por pequenas e médias empresas.
Assim se comprova o sucesso da reprogramação do Portugal 2020, que promovemos, e que a Comissão
Europeia aprovou em dezembro último, que disponibilizou para investimento empresarial mais 5000 milhões de
euros, 1700 milhões dos quais necessariamente reservados aos territórios de baixa densidade.
Aplausos do PS.
O ano de 2018 foi também o melhor dos últimos 10 anos no âmbito do regime contratual de grandes empresas
e de criação de postos de trabalho associados, com 53 contratos de investimento que representam um
investimento superior a 1150 milhões de euros e 4400 postos de trabalho.
O investimento já em preparação supera os 2,1 mil milhões de euros, em setores tão variados como a
mobilidade elétrica, a indústria farmacêutica ou a indústria aeronáutica. Ou seja, não obstante as notícias que
nos chegam de fora, as notícias que nos chegam do nosso tecido empresarial são de confiança e de reforço do
investimento, para termos mais e melhor emprego.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O perfil da nossa economia mudou. As exportações continuam a
atingir máximos sucessivos e o seu valor, que era equivalente a 28% do PIB, em 2008, atinge, atualmente, os
44%, sendo cada vez mais credível o objetivo de representarem metade do nosso PIB durante a próxima década.
Portugal, hoje, não apenas exporta mais mas, acima de tudo, exporta melhor, para mais destinos, com mais
produtos, atingindo segmentos de alta qualidade e inovação. Só na área agroalimentar, foram abertos 52 novos
mercados para 200 novos produtos, nesta Legislatura.
Os ganhos de quota de mercado das exportações portuguesas para a União Europeia, nestes últimos três
anos, são quatro vezes superiores aos ganhos na totalidade da anterior Legislatura.
Aplausos do PS.
Ou seja, as exportações continuam a crescer e o investimento a aumentar.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Portugal está hoje melhor preparado para lidar com uma conjuntura
externa menos favorável.
Temos uma economia menos endividada, nas famílias, nas empresas e no Estado; um setor financeiro
finalmente capaz de cumprir o seu papel de captador de poupanças e alavanca para o investimento; menos
dívida pública e menos dívida externa; contas públicas equilibradas, o que permitirá reforçar a tendência de
crescimento acelerado do investimento público; e a crescente intenção de maior investimento empresarial.