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I SÉRIE — NÚMERO 76

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Sr.as e Srs. Deputados, este Governo negociou, chegou ao fim com uma posição diferente da que era a sua

no início e teve pela frente quem exige tudo e nada menos do que tudo.

Ainda assim, demos esse passo, de dar mais do que tínhamos programado, com equidade entre carreiras e,

por isso, hoje está aqui também na equação o novo decreto-lei para as outras carreiras especiais, já aprovado,

e está também a responsabilidade para com os portugueses.

E, porque somos Governo, não temos, infelizmente, a liberdade de dispor dos recursos presentes e futuros

dos portugueses para dar tudo a todos.

Felizmente, porque somos Governo, não temos a hipocrisia política de tomar os portugueses por tolos e

prometer a uns dar tudo, enquanto dizemos, ao mesmo tempo, que quem dará esse tudo será alguém lá para a

frente, num governo futuro cujas circunstâncias não podemos conhecer hoje, num tempo que não dizemos qual

é e com recursos que não explicamos a quê e a quem são retirados.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — É ao superavit! O superavit é um grande recurso!

O Sr. Ministro da Educação: — Governar implica escolher e, por vezes, até desagradar. Pena que ser

oposição implique apenas querer tudo e o seu contrário, dizer aos portugueses tudo e nada.

Estamos certos de que os portugueses saberão bem multiplicar este tudo por este nada, e ver que o resultado

para o bem comum seria o mesmo que quando se multiplica tudo por zero: dá «nada», Srs. Deputados! E é esse

rotundo «nada» que a direita, pela iniciativa do PPD/PSD, nos traz aqui hoje, com um tremendo oportunismo

político. O oportunismo político de quem, tendo estado contra o descongelamento, agora se propõe recuperar

todo o tempo congelado, sem jamais dizer como ou quanto vai custar, muito menos dizendo que impostos vai

aumentar ou que despesa vai cortar para atingir esse valor.

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Dê a informação!

O Sr. Ministro da Educação: — Que coragem é esta, Sr.as e Srs. Deputados? Que valorização real é, afinal,

esta, Sr.as e Srs. Deputados? É apenas a promessa ilusória de uma direita mais uma vez incapaz de nos dizer

ao que vem. É que aquilo que o PSD hoje traz aqui não é uma esperança, o que o PSD hoje traz aqui é uma

verdadeira patranha.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para um pedido de esclarecimentos, o Sr. Deputado Pedro Alves,

do Grupo Parlamentar do PSD.

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Sr. Ministro

da Educação, V. Ex.ª veio aqui, uma vez mais, tentar reescrever a história e, uma vez mais, fazer chantagem

com a Assembleia e com os professores.

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro Alves (PSD): — E, como se viu, os professores que estavam nas galerias ausentaram-se, tal é

a sintonia que existe com o Governo.

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Nos últimos 18 meses, assistimos a uma farsa política em que o Governo, o

PS, o Bloco de Esquerda e o PCP foram os grandes protagonistas. Uns a redigir, outros a produzir e todos a

representar, com o Governo a fugir sistematicamente às suas responsabilidades.

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