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I SÉRIE — NÚMERO 77

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contrário, se entreguem à roleta russa dos sistemas privados da segurança social. Não, nós queremos garantir

a todos os portugueses segurança no seu sistema de segurança social!

Aplausos do PS.

Em suma, esta estratégia da direita é, no fundo, só um novo encore daquilo que tem feito desde o início da

Legislatura. Em primeiro lugar, era o papão da crise económica, quando diziam que aumentar o salário mínimo

nacional ia destruir empresas e gerar desemprego. Ora, o aumento do salário mínimo nacional não destruiu

empresas nem gerou desemprego, contribuiu, sim, para gerar confiança na economia, mais investimento e mais

emprego.

Depois, surgiu a ameaça de que teríamos uma nova crise financeira e de que o diabo vinha aí. Afinal, o diabo

não veio, temos o défice mais baixo da nossa democracia e estamos numa trajetória sustentável de redução da

dívida pública.

Por fim, foi feito um apelo à Comissão Europeia para vir a Portugal impedir a mudança de política que este

Parlamento decidiu fazer, em novembro de 2015. E não foi só o Sr. Weber que pediu sanções, pois houve

Deputados portugueses que, no Parlamento Europeu, ergueram a sua voz pedindo à Comissão Europeia para

vir a Portugal impedir a mudança de política que estava em curso e que tinha sido, soberana e

democraticamente, decidida por este Parlamento.

Aplausos do PS.

É por isso que agora, depois de tudo isto falhar, apostam na dramatização da conflitualidade social, na criação

de um clima de crispação artificial, que já não poupa sequer o Presidente da República, porque a grande fúria

da direita inorgânica, não sendo representada por um PSD fraco ou por um CDS fraco, leva-a a manifestar-se

de forma inorgânica. E recorre a tudo, a tudo, até à remobilização do Prof. Cavaco Silva, que, depois de tantos

anos ter repetido que nunca tinha sido político profissional, optou agora por usar o seu tempo de reforma para

se dedicar profissionalmente à política.

Aplausos do PS.

Portanto, mantenhamo-nos serenos.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O recurso ao populismo e às fake news, por parte do PSD e do CDS, só

demonstra mesmo a sua fragilidade, a sua falta de argumentos e a ausência de uma alternativa positiva para o

País. É que eles, de facto, têm uma alternativa, mas não é uma alternativa de progresso, é uma alternativa de

retrocesso, de empobrecimento, de enfraquecimento da economia e de destruição do nosso modelo social.

Essa é a alternativa que têm e é essa a alternativa que temos de combater.

Aplausos do PS.

Protestos da Deputada do PSD Teresa Morais.

O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Carlos Peixoto, para exercer o direito de defesa

da honra pessoal, começando por rapidamente sintetizar, como manda o Regimento, mas sem que isso

desconte no tempo de que dispõe, por que razão se considerou ofendido na sua honra pessoal.

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Sr. Presidente, pretendo defender a minha honra pessoal, porque o Sr.

Primeiro-Ministro, respondendo ao líder parlamentar da minha bancada, Deputado Fernando Negrão, falando

de mim, disse-lhe que ele devia ter vergonha de se sentar ao lado de alguém que tratou os idosos como «peste

grisalha». É por isso que quero defender a minha honra.

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