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I SÉRIE — NÚMERO 89

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O Sr. Heitor de Sousa (BE): — Saímos, regressando à constituição de uma «REFER», de uma empresa

dedicada aos projetos de natureza ferroviária — à construção, à fiscalização e ao desenvolvimento de todos os

projetos. Foi isto que propusemos no nosso plano ferroviário nacional e é por isso que convidamos esta

Assembleia, sempre e em cada momento, a repensar a atitude de voto contra a proposta de plano ferroviário

nacional que aqui apresentámos…

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.

O Sr. Heitor de Sousa (BE): — … e a aprovar, finalmente, uma IP ferroviária que seja capaz de desenvolver

competências e capacidades para levar a cabo esta urgência que é a modernização da Linha Ferroviária do

Oeste.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral, do

CDS-PP.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Também não serei eu a quebrar

o consenso e não me importo até de subscrever o discurso da oposição, feito pela Sr.ª Deputada Margarida

Marques, de críticas ao Governo e à tutela sobre a falta de cumprimento das promessas que o Governo do

Partido Socialista fez.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Portanto, não quero aqui quebrar o consenso e não me custa nada

subscrever, inclusive, as críticas do apoiante do Governo, o Sr. Deputado Heitor de Sousa, do Bloco de

Esquerda.

Dito isto, falta uma palavra de apoio, de agradecimento quer às autarquias, quer às populações, porque foram

elas que nunca deixaram cair esta Linha e chamaram sempre a atenção para a sua necessidade e importância,

quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista turístico, quer do ponto de vista da utilidade para as

inúmeras indústrias, desde logo a agroindústria, que esta Linha serve, bem como para complementar o sistema

ferroviário nacional. Sobre esta matéria estamos todos de acordo.

Portanto, se há culpas dos Governos anteriores — e isto também não me custa admitir —, houve um esforço

das várias petições, das várias iniciativas, de todas as bancadas, onde o CDS se inclui. Apresentámos vários

projetos de resolução e iniciativas, chamando a atenção para a necessidade de não abandonar esta Linha, e é

evidente que vimos com bons olhos o Governo dizer: «bom, temos o Ferrovia 2020». É que, no Ferrovia 2020,

não se tratando da Linha toda, havia, pelo menos, a eletrificação do troço Meleças-Caldas. E nós pensámos:

bom, finalmente vai ser verdade. Até tínhamos o Ministro do Ambiente e da Transição Energética a dizer que a

aposta era na sustentabilidade energética: acabar com o gasóleo, transformar o nosso sistema de transportes,

tornando-o sustentável do ponto de vista ambiental.

A verdade é que, apesar de se tratar da eletrificação de um troço pequenino, regista-se o maior «apagão»

na eletrificação desta Linha.

Discutimos aqui qual é a execução do Ferrovia 2020. Eu diria que, entre outras coisas, o Ferrovia 2020 talvez

seja o maior embuste da governação socialista. E gostava que esta Linha servisse de exemplo, porque ela diz

bem de como não se projetou, não se preparou, era mentira, não era para fazer nem nunca foi.

A obra está prometida desde 2016, mas, depois, a IP disse que seria em dezembro de 2017. O Ministro, em

janeiro de 2017, fez uma promessa e disse: «bom, nós vamos fazer um investimento crescente, robusto,

abrangente e sustentável». O Sr. Ministro já foi embora e o investimento crescente, robusto, abrangente e

sustentável na Linha do Oeste deu de frosques!

Risos.

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