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I SÉRIE — NÚMERO 102

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O Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior: — Sr. Presidente, deixo uma resposta final para

clarificar a intervenção do Deputado Duarte Marques. O Governo não faz chegar estatísticas; a Direção-Geral

de Estatísticas é uma organização independente com delegação de competências do INE. O Governo faz um

comunicado com base nas estatísticas e o comunicado que o Governo publica desde 1982 mostra bem a

evolução.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Entramos na segunda ronda de perguntas ao Sr. Ministro. A

primeira cabe ao Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, do Partido Socialista.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Ministro, Srs. Secretários de

Estado, neste debate que o Partido Socialista agendou para hoje, um dos eixos fundamentais que nos cumpre

sublinhar é o da aposta e do investimento na internacionalização da atividade científica. É um eixo que

representa uma aposta determinante, quer no que diz respeito à reativação ou reforço de parcerias existentes e

que foram, enfim, adormecidas, parcialmente, durante a Legislatura anterior, quer, em particular, no esforço de

contínuo alargamento da diversidade daquilo que é a internacionalização do nosso tecido científico. De facto,

podemos olhar para ela quer numa perspetiva de acolhimento que as instituições portuguesas, hoje, conseguem

fazer, reforçando o número de investigadores e de bolseiros de outros países que procuram aqui oportunidade

para desenvolver os seus projetos de investigação, quer, também, e particularmente, na perspetiva das

oportunidades que se abrem para investigadores portugueses, no quadro de parcerias internacionais, fora do

País ou, até, dentro do País, mas em articulação com outras instituições.

Não querendo ser exaustivo, porque isso seria difícil e algo que também é revelador da capacidade e do

investimento colocado em cima da mesa, referia apenas, por exemplo, a melhor articulação hoje integrada no

Programa Go Portugal, em que conseguimos não só associar e reativar, como dizia há pouco, parcerias que

estavam semiadormecidas, como a relação com o MIT-Portugal, que nas suas quatro áreas de intervenção

privilegiadas, hoje, olha precisamente para as questões de futuro.

Ou seja, não se trata apenas de criar um projeto e de criar uma dinâmica e uma parceria de investigação,

mas de priorizar, precisamente, aquilo que nos parece ser determinante para o nosso futuro coletivo, em

matérias como, por exemplo, as das cidades sustentáveis, da transformação digital ou das alterações climáticas,

reconhecendo a importância de acompanhar aqueles que são os desafios do futuro. Estes aspetos não são,

como por vezes se ouve em outros contextos — que felizmente não é o europeu, que felizmente não é o nosso

—, de desinteresse e de desinvestimento nas áreas científicas, achando-se que, por alguma via, não têm um

impacto direto na vida das pessoas. Mas têm esse impacto direto na vida das pessoas!

Além da parceria com o MIT, refiro também a parceria com a Carnegie Mellon, a parceria com a Universidade

do Texas, em Austin, e muitas outras que têm vindo a ser reforçadas e lançadas. No contexto europeu, além da

nossa parceria, já antiga, com a Fraunhofer, na Alemanha, assinalo as p arcerias que agora temos, no plano

ibérico, na área da investigação biomédica. Refiro ainda parcerias que cada vez mais fazemos na área da

investigação científica, como é o caso da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento, e, em particular, a grande

aposta que agora fazemos naquilo que é a porta aberta de Portugal para o mundo — sempre foi, mas que

também terá projeção neste domínio —, que são as ciências oceânicas.

Sr. Ministro — e não queria roubar tempo em demasia —, a pergunta que gostaria de deixar tem a ver,

precisamente, com essa estratégia: como é que podemos continuar a aprofundar essa aposta e continuar a

apostar neste eixo que se tem revelado transformador? Por outro lado, também, qual é a dimensão do impacto

no que diz respeito à vida dos investigadores?

Por vezes, julgamos que são conceitos abstratos, mas não são. E há um impacto real no número de bolseiros,

no número de investigadores, no número de pessoas, de projetos e de parcerias que foram estabelecidos. E

muito gostaria que o Sr. Ministro pudesse comentar e aprofundar aquilo que nos parece ser, claramente, uma

aposta ganha, uma aposta que qualifica a ciência em Portugal e o potencial de ligação com outros parceiros e,

também, com a atividade empresarial.

Aplausos do PS.

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