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I SÉRIE — NÚMERO 106

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Lembramos que a reivindicação da expansão da rede do metropolitano de Lisboa para Loures tem já cerca

de 30 anos e que, sendo uma reivindicação justa por várias razões, não tem sido atendida de forma constante

por sucessivos governos.

A mobilidade é uma componente fundamental do planeamento do território. Loures é um concelho

atravessado por algumas das maiores vias de comunicação do País, mas os seus habitantes sacrificam todos

os dias demasiado tempo e disponibilidade na sua mobilidade, fruto de opções erradas.

Além disso, a exclusão de Loures da rede de metropolitano não tem em conta a deslocação crescente de

muitas famílias para os concelhos vizinhos da capital, fruto do aumento exponencial das rendas das habitações

em Lisboa, acrescendo que Loures se situa no único corredor de entrada em Lisboa que não tem acesso ao

transporte ferroviário.

Mesmo sendo um concelho limítrofe à capital, Loures é um importante ponto de partida para milhares de

famílias que se deslocam diariamente para Lisboa, para trabalhar ou estudar, perdendo horas no trânsito por

falta de alternativas viáveis ao nível dos transportes públicos, que, como se sabe, em Loures são

manifestamente insuficientes.

As ligações entre diferentes pontos do concelho são quase sempre mais difíceis do que as deslocações para

Lisboa, já de si complicadas pela parca oferta. Portanto, isso constitui uma penalização da população, que os

cidadãos do concelho continuarão a ver vertida em perda de qualidade de vida e mobilidade e em aumento da

pegada ecológica e da poluição atmosférica e ambiental.

Por isso mesmo, o Bloco de Esquerda tem acompanhado esta reivindicação há largos anos e, em

conformidade, temos apresentado várias propostas no sentido de garantir que os planos de investimento do

metro de Lisboa contemplem o concelho de Loures, mas também o concelho de Odivelas ou a zona ocidental

da cidade de Lisboa.

Não é demais referir que a opção tomada por este Governo de priorizar a linha circular e de fechar a linha

Amarela é totalmente errada, não trará benefícios à cidade de Lisboa e deixará de fora outras cidades e outros

concelhos que necessitam urgentemente deste investimento. São mais de 200 milhões de euros para fechar a

rede, quando esta ainda não chega a locais fulcrais da área metropolitana e é investimento que também é

urgente e necessário para os trabalhadores, para mais trabalhadores e para dar condições aos trabalhadores

existentes, e para responder aos problemas hoje existentes com a frota do metropolitano de Lisboa.

Por isso, propomos que a expansão para o concelho de Loures do metropolitano de Lisboa seja uma

prioridade, como já o fizemos em ocasiões anteriores, e consideramos que deve ser respondida esta justa

reivindicação das populações.

Aplausos do BE.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente José de Matos Correia.

O Sr. Presidente: — Tem agora palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Ricardo Bexiga, do Grupo

Parlamentar do PS.

O Sr. Ricardo Bexiga (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, em nome do Grupo

Parlamentar do Partido Socialista, gostaria de saudar todos os peticionários presentes nesta Assembleia, em

especial o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Loures e os demais autarcas que o acompanham, e,

naturalmente, manifestar a nossa solidariedade com as preocupações demonstradas nesta petição.

Mas queria lembrar que está hoje em curso na Área Metropolitana de Lisboa um conjunto de investimentos

no setor dos transportes com um caráter estruturador, em termos territoriais, económicos e de mobilidade.

Está, finalmente, a construir-se um sistema de transportes de forma articulada com o sistema urbano e com

as funções que se desenvolvem nos territórios, atendendo à complementaridade entre os vários modos de

transporte e procurando naturalmente dar uma resposta eficiente às necessidades de transporte público das

populações.

É por isso que o Programa Nacional de Investimentos (PNI) prevê, hoje, duas linhas de investimento para

transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa, sendo dedicadas, uma delas, à extensão da malha do

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