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I SÉRIE — NÚMERO 107

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O Sr. EmídioGuerreiro (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, o Sr.

Primeiro-Ministro já aqui invocou, hoje, várias vezes o diabo. Permita-me que lhe recorde, Sr. Primeiro-Ministro,

que o diabo já andou três anos entre nós. Veio pela mão do seu correligionário José Sócrates e de muitos que

o acompanham nessa bancada do Governo, quando, a 17 de maio de 2011, assinaram o Memorando da troica.

Andou entre nós três anos e, permita-me que lhe diga, que o diabo chamou-se troica e a troica foi, de facto, um

grande diabo.

O Sr. AdãoSilva (PSD): — Exatamente!

O Sr. EmídioGuerreiro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, hoje, estamos perante um debate de balanço. Após

quatro anos de governação já não se trata de anunciar mas, sim, de avaliar e, no que respeita ao investimento

público e infraestruturas, o balanço é claramente negativo.

O seu Governo ficará para a história como o Governo que menos investiu nas últimas décadas. Prometeu

sempre muito mas executou pouco. É um Governo inimigo do investimento público.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. EmídioGuerreiro (PSD): — Não nos anúncios, não nas propostas de Orçamento, mas na execução

orçamental e na concretização das obras. Prometeu mas não cumpriu!

É um Governo inimigo do investimento público mas imaginativo nas abordagens comunicacionais: não há

papel nas bilheteiras do metro durante dias e dias? É fácil a resposta: foi azar! Não há barcos suficientes para

transportar as pessoas no Tejo? É fácil a resposta: tiram-se os bancos e assim já cabem mais pessoas! Os

horários dos comboios são suprimidos, os motores caem em andamento, os atrasos são uma constante e são

precisos mais comboios? É fácil a resposta: recusa-se a proposta da administração da CP, de 2016, para abrir

um concurso para comprar comboios, mete-se na gaveta, espera-se pelas vésperas das eleições de 2019 e

abre-se o concurso. Os comboios lá chegarão para 2023. Desabam as estradas, os buracos proliferam de norte

a sul nas estradas do nosso País? É fácil a resposta: extinguem-se as equipas de manutenção da Infraestruturas

de Portugal!

Foi assim durante quatro anos, Sr. Primeiro-Ministro: muita parra e pouca uva. Anúncios atrás de anúncios,

iludindo as pessoas que viram as obras serem adiadas ao longo destes quatro anos. E esteve sozinho neste

processo, Sr. Primeiro-Ministro? Não! Contou sempre com o apoio alegre do PCP, do BE e de Os Verdes, que,

agora, em vésperas de eleições, descobriram que o investimento público deste Governo foi um enorme flop em

prejuízo das populações.

Enfim, um Governo inimigo do investimento público, especialista em empurrar a resolução dos problemas

para a frente. Sr. Primeiro-Ministro, os portugueses mereciam muito mais e melhor!

Afinal, Sr. Primeiro-Ministro porque prometeu tantas obras e não as fez?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem a palavra, para formular perguntas, ainda em nome Partido

Social Democrata, o Sr. Deputado Ricardo Baptista Leite.

O Sr. RicardoBaptistaLeite (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro,

recordar-se-á, certamente, das promessas que fez no início do seu mandato, tendo até usado a imagem da vaca

que prometia fazer voar. Quatro anos volvidos, as vacas não voam e estão cada vez mais enterradas na lama,

particularmente na saúde.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. RicardoBaptistaLeite (PSD): — Se ouvisse os doentes, os profissionais, chegaria à mesma

conclusão: o Estado falhou no Serviço Nacional de Saúde, mas o Sr. Primeiro-Ministro falhou perante o País.

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