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20 DE JULHO DE 2019

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Em terceiro lugar, gostaria de destacar o Relatório final, um documento com 374 páginas, rigoroso, completo,

objetivo e factual que constitui um repositório fiel da informação recolhida, dos factos e das responsabilidades

apuradas, mas também um contributo sério e profícuo para o debate e para as indispensáveis reformas em

matéria de transparência e de responsabilidade de que carecem a supervisão e a gestão bancária ou, ainda, a

definição da missão e das funções específicas do banco público.

A este propósito, enquanto Presidente da Comissão, gostaria de deixar uma palavra muito especial de apreço

ao trabalho que, em circunstâncias de exigência e de prazo limitado, só foi possível pela qualidade parlamentar

e, também, pela competência profissional e pelas capacidades pessoais do Sr. Relator, o Deputado João Pinho

de Almeida. O simples facto de o seu relatório ter sido aprovado por unanimidade — caso raro, senão único —

é prova indiscutível da qualidade e do mérito do seu trabalho.

Aplausos gerais.

É evidente, Sr. Presidente, que nos deparámos com dificuldades e enormes desafios nos trabalhos desta

Comissão. O principal e talvez mais relevante desafio foi o de procurar nunca extravasar as competências e o

mandato desta Comissão Parlamentar.

Sempre fomos claros na afirmação da separação de poderes. O Parlamento não julga, não condena, aprecia

os factos e, naturalmente, tira as suas conclusões. Ao Parlamento, cabe, e coube, dar aos portugueses

informação séria e clara sobre as práticas de concessão e de gestão de crédito na Caixa Geral de Depósitos,

tentar compreender o racional das decisões, apurar responsabilidades na perspetiva da defesa do interesse

público. E fê-lo em tempo recorde, de forma transparente, garantindo um tratamento equitativo de todos os

intervenientes, privilegiando o interesse e o escrutínio público em detrimento dos interesses particulares e

corporativos. A este propósito, vale a pena salientar o trabalho rigoroso e substancial de dezenas de jornalistas

que acompanharam, em permanência, e divulgaram os trabalhos desta Comissão.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para sintetizar, Sr. Presidente da Comissão.

O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Sr. Presidente, para concluir, quero agradecer a V. Ex.ª pelo apoio

permanente que deu aos trabalhos desta Comissão. Sei bem que é uma obrigação institucional, mas a forma

como o fez, preservando integralmente a autonomia da Comissão e assegurando, sempre que necessário, a

indispensável cooperação e solidariedade institucional e política, merece o nosso respeito e reconhecimento.

Da nossa parte, temos o sentimento de que fizemos um trabalho útil, produtivo, sério e empenhado, que

dignificou os Deputados e o Parlamento. Em suma, valeu a pena.

Aplausos gerais.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Relator, Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Intervindo, neste

momento, na qualidade de Relator, naturalmente que as primeiras palavras que tenho são de agradecimento e

o primeiro de todos é dirigido aos serviços deste Parlamento. Esta Comissão de Inquérito trabalhou em

condições especiais, precisou de produzir resultados em tempo recorde e tal não teria sido possível apenas com

o trabalho dos Deputados, isto é, se não tivéssemos tido, da parte dos serviços da Assembleia da República,

um acompanhamento competente e empenhado para que fosse possível realizar todos os trabalhos e, devo

dizê-lo pessoalmente, para que houvesse sustentação para o Relatório poder ser elaborado. A todos, muito

obrigado.

Depois, agradeço aos Srs. Deputados, e desde logo à Mesa, nomeadamente ao Sr. Presidente da Comissão,

o Deputado Luís Leite Ramos, que, com elevação, enorme empenho e também, porque foi algumas vezes

preciso, com total veemência, assegurou a dignidade da instituição parlamentar, e isso é muito importante de

assinalar neste momento.

Aplausos gerais.

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