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16 DE NOVEMBRO DE 2019

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«Manuel Jorge Souto Sousa Veloso, militante comunista, músico, compositor, realizador de rádio, crítico

musical e de televisão, cronista, pioneiro da TV e do jazz em Portugal, morreu na passada quarta-feira, em

Lisboa, aos 82 anos.

Com formação musical clássica, foi membro fundador do Quarteto do Hot Clube de Portugal, o primeiro grupo

português com atividade ‘jazzística’ exclusiva e regular. Integrou o Quarteto de Dexter Gordon no I Festival

Internacional de Jazz de Cascais, tendo tocado com inúmeros músicos de jazz portugueses e estrangeiros.

Na televisão, entre 1958 e 1971, foi produtor de programas de música clássica e de jazz na RTP, onde mais

tarde foi membro da Comissão Diretiva de Programas e Chefe do Departamento de Programas Musicais. Foi

também assistente de produção da série O Povo que Canta (Michel Giacometti).

Na rádio, foi autor e apresentador de vários programas de jazz na ex-EN, ex-RCP, RR e RDP (Antena 2).

No cinema, compôs a música para as longas-metragens Belarmino e Uma Abelha na Chuva (Fernando

Lopes) e Pedro Só (Alfredo Tropa) e para cerca de uma dezena de curtas-metragens de Fernando Lopes, Faria

de Almeida e António Macedo.

Foi professor na Escola de Cinema do Conservatório Nacional, produtor discográfico, tradutor, coordenador

e autor. Escreveu artigos de divulgação sobre jazz em vários jornais e revistas, realizava regularmente

conferências sobre jazz, escreveu notas para folhas de sala de concertos de jazz e foi autor do blogue O Sítio

do Jazz.

Foi membro da direção da Juventude Musical Portuguesa e Secretário-Geral da Academia de Amadores de

Música.

Militante do PCP, integrou a redação do Avante! e fazia parte da Comissão de Espetáculos da Festa do

Avante! onde tinha um papel determinante na conceção e organização das noites de música clássica na

programação de jazz.

A Assembleia da República, reunida em 15 de novembro de 2019, expressa o seu pesar pelo falecimento de

Manuel Jorge Veloso e envia aos seus familiares sentidas condolências.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Segue-se o Voto n.º 17/XIV/1.ª (apresentado pelo PSD) — De solidariedade e de pesar pela grave situação

de insegurança a que se encontra sujeita a nossa comunidade na Venezuela e pelo assassinato de mais cinco

cidadãos nacionais.

Para proceder à sua leitura, tem a palavra o Sr. Secretário Duarte Pacheco.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Nos últimos 10 dias foram assassinados mais cinco cidadãos nacionais na Venezuela.

Em diversos assaltos realizados nas localidades de Los Teques, de San Vicente e de Mariche, na área de

Caracas, pereceram dois casais e mais um outro cidadão, vítimas de casos de criminalidade violenta, que

continua a aumentar neste país da América do Sul.

As atividades económicas a que se dedica um grande número de membros da nossa comunidade, na área

do comércio e da distribuição de produtos alimentares, torna-os especialmente expostos à ação de bandos

armados, que se mantêm extremamente ativos em todo o país.

A generalização deste clima de insegurança, a falta de ação das forças de segurança e as graves condições

económicas colocam seriamente em causa as condições de subsistência de uma grande parte dos membros da

nossa comunidade, que, mais do que nunca, necessitam de um acompanhamento muito próximo por parte do

nosso Governo e das nossas autoridades diplomáticas acreditadas na Venezuela.

Nestes termos, a Assembleia da República, reunida em Plenário, decide:

1 — Aprovar um voto de solidariedade à comunidade portuguesa na Venezuela devido à grave situação em

que continua a viver, resultado da delicadíssima crise política, económica e social que ali se vive;

2 — Manifestar o seu público pesar às famílias dos cidadãos nacionais assassinados neste país nos últimos

dias;

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