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I SÉRIE — NÚMERO 9

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devemos acompanhar essa melhoria com maior preocupação com a conciliação do trabalho com a vida pessoal

e com o reforço da compensação do trabalho.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Eduardo Barroco de Melo (PS): — Se temos hoje maior flexibilidade para a execução das funções

laborais, temos também de salvaguardar o direito a desligar. E se hoje trabalhamos à distância, esse

afastamento físico não afasta as responsabilidades para com os trabalhadores de cada empresa.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, faça favor de concluir.

O Sr. Eduardo Barroco de Melo (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente.

O Programa do Governo inscreve esta necessidade, assumindo como prioridades, por exemplo, a produção

do livro verde sobre o futuro do trabalho. Aos socialistas sempre se colocaram as questões da produção e da

inovação como oportunidade de melhoria do padrão de vida.

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de concluir, Sr. Deputado. Desculpe, mas as regras são iguais para todos.

O Sr. Eduardo Barroco de Melo (PS): — Mas este é o momento em que é necessário concertar o esforço

coletivo para aproveitarmos uma grande revolução.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos entrar no período de encerramento, em que cada grupo

parlamentar dispõe de 4 minutos para intervir.

Para esse efeito, tem a palavra, em primeiro lugar, a Sr.ª Deputada Mariana Silva, do Grupo Parlamentar do

Partido Ecologista «Os Verdes».

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Neste debate, há duas coisas que

ficaram bem claras. A primeira é que anda muita gente a tentar ficar na fotografia da modernidade — menos o

Governo que não apareceu — e na selfie da Web Summit. Campeões da modernidade é o que não falta!

A segunda é que, para um número muito significativo de pessoas deste País, os retratos são ainda a preto e

branco e que, mesmo que a média não seja má, existem alguns em velocidade máxima e outros que passam

os dias à procura de sinal.

Ilusão e esperança é o que vemos nesta prioridade do Governo. É que, convenhamos, Sr.as e Srs. Deputados,

a transição digital não é compatível com diferenças tão latentes entre o litoral e o interior, que as políticas do

PS, do PSD e do CDS promovem há décadas. Esta visão de modernidade, tão bem escrita no Programa do

Governo, não se faz com mais de 800 000 portugueses a sobreviverem com o salário mínimo nacional.

Portugal é um dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) com

a maior taxa de adultos que não possuem o ensino secundário. A população portuguesa está cada vez mais

envelhecida e, em grande escala, infoexcluída.

Neste quadro, querer a modernidade da noite para o dia torna-se ilusão.

Concordamos todos que a tecnologia pode ser uma mais-valia para a economia do País. Sabemos que as

tecnologias nas empresas são capazes até de contribuir para a sustentabilidade, com processos e materiais

mais amigos do ambiente e menos poluidores.

A aplicação de novas tecnologias criará novos empregos e, haja vontade, será finalmente possível conciliar

a vida familiar com a do trabalho. Será possível, pela mecanização, tornar alguns trabalhos menos dolorosos,

diminuindo a incidência das mais diversas doenças profissionais incapacitantes.

Temos todos esperança nos ganhos que a digitalização já trouxe e trará na área da saúde, contribuindo para

o aumento da qualidade de vida desde as mais tenras idades até ao seu fim.

As tecnologias de informação e comunicação, para além de facilitarem o trabalho, contribuem para reduzir

as emissões poluentes porque se evitam muitas deslocações.

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