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I SÉRIE — NÚMERO 9

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O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Filipa Roseta.

A Sr.ª Filipa Roseta (PSD): — Sr. Presidente, Caro Deputado, o grande problema é que estamos fartos de

conversa e precisamos que façam. Nós queremos metas e dados. Metas e dados é aquilo de que falei. Metas e

dados é 10% da população ativa com competências digitais de inteligência artificial até 2025. Metas e dados é

fundar uma escola digital permitindo o acesso de todos. Metas e dados é garantir a Europa digital. Metas e

dados é a digitalização do Estado até 2030. Isto é que são objetivos. Os 3% do PIB é pouco, nós teremos 5%

do PIB se potenciarmos, com cooperação e colaboração, com o setor privado, que é o que propomos como

alternativa.

Caro Deputado, sinceramente, só o PS para vir falar no passado num debate em que estamos a pensar o

futuro. Só o PS!

Aplausos do PSD.

Do que precisamos, de uma vez por todas, é que os senhores parem de apresentar desculpas e comecem a

apresentar soluções.

Aplausos do PSD.

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Eh lá!…

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Monteiro, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

O Sr. Luís Monteiro (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Partido Socialista começou o debate

dizendo que este é um tema estratégico para o País. Neste momento, acho que é mais um tema estratégico

para o Partido Socialista do que para o País. Nós já percebemos bem a estratégia: criar a ideia de que no

«chapéu» da transição digital se vai discutir tudo, mas não se vai responder a nada.

Quando se fala em falta de remuneração de docentes, o Partido Socialista não responde, mas da tribuna diz:

«É preciso valorizar o trabalho científico». Quando se fala em falta de investimento no ensino superior e ciência,

o Partido Socialista não responde absolutamente nada. Sobre as metas do Partido Socialista, diz da tribuna:

«Nós vamos investir em ensino superior e ciência».

Srs. Deputados, nós já percebemos a estratégia do Partido Socialista: desviar os vários setores mais frágeis,

as suas políticas públicas e a falta de investimento público para o «chapéu» da transição digital. Mas, Srs.

Deputados, acho que essa é uma má estratégia, porque, quando quisermos discutir a precariedade no ensino

superior, vai ser o Sr. Ministro Manuel Heitor a responder por isso; quando quisermos discutir a falta de

investimento público na ciência e na tecnologia, vai ser o Sr. Ministro Manuel Heitor a responder por isso. Não

se esqueçam disso! Escusam de ensaiar este modelo de fazer de conta que vai tudo para o «chapéu» da

transição digital, para, assim, os Srs. Deputados do Partido Socialista também fazerem de conta que não têm

de responder a rigorosamente nada.

Protestos do Deputado do PS Porfírio Silva.

Se o debate estratégico é assim tão importante, então, poderiam começar por responder se concordam ou

não com a afirmação do Sr. Ministro do Ensino Superior que passo a citar: «O trabalho sem remuneração no

ensino superior não aumenta a precariedade». Concordam ou não concordam? Isto considera ou desconsidera

o conhecimento e a política pública para a valorização do conhecimento em Portugal?

Quando sabemos que, segundo os dados do aumento do investimento público nesta área apresentados pelo

Governo, precisaríamos de quatro décadas para recuperar o investimento que tínhamos em 2010, pergunto: isto

é valorizar ou desvalorizar as políticas do conhecimento em Portugal?

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