O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

28 DE NOVEMBRO DE 2019

15

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Catarina Martins, a melhoria da política dos

rendimentos das famílias foi, aliás, um fator decisivo para restaurar, em Portugal, um clima de confiança, que

permitiu o aumento do investimento, o crescimento económico e o crescimento do emprego. Foi, aliás, um ciclo

virtuoso que, hoje, creio que quase todos, em Portugal, reconhecem, salvo alguns últimos saudosistas da ideia

do empobrecimento coletivo como fator de competitividade.

Hoje, todos temos consciência de que, para Portugal ser competitivo e para as empresas serem produtivas,

é fundamental assentar no conhecimento. Isto significa investir na educação, na formação, na formação ao longo

da vida, na transferência de conhecimento, na modernização tecnológica e na inovação — são estes os fatores

essenciais de competitividade da nossa economia. Para que isto aconteça, é fundamental que a qualidade do

trabalho melhore, com menos precariedade e melhores remunerações, para permitir fixar o talento necessário.

Não estamos prisioneiros de nada, mas, pelo contrário, acreditamos que é com o diálogo social na empresa,

com a dinamização da negociação coletiva em cada setor e com o desenvolvimento da concertação social que

podemos avançar mais e melhor no caminho que iniciámos há precisamente quatro anos.

Foi nessa base que apresentámos, hoje, aos parceiros sociais um acordo global para a melhoria da

produtividade, da competitividade e dos rendimentos. Já não estamos a falar do salário mínimo, estamos a falar

do conjunto dos salários e, em particular, dos salários dos jovens qualificados, sejam eles licenciados ou com

cursos superiores especializados, sejam eles estudantes do ensino secundário ou das vias profissionalizantes.

Temos de apostar na valorização desses rendimentos para todos e temos de fazê-lo não só aqui mas também

em sede de concertação social.

Aplausos do PS.

Quanto à saúde mental, é verdade, há um atraso na execução do que tinha ficado definido para 2019. O que

posso dizer-lhe é que já no início de 2020 arrancarão as equipas comunitárias, uma por cada ARS

(Administração Regional de Saúde), com um investimento total de 1 milhão de euros, que está assegurado, para

arrancar já no início de 2020.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins, do Grupo Parlamentar

do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, pois é, estava previsto para 2019 que

as equipas comunitárias estivessem a funcionar, mas não estão e só vão estar em 2020. Portanto, atrasaram-

se. Constantemente, o enorme problema da saúde é que todas as decisões se atrasam e todo o investimento

se atrasa.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — A Unidade Técnica de Apoio Orçamental, do Parlamento, concluiu agora,

no seu relatório, algo que o Bloco de Esquerda vem dizendo há imenso tempo: o maior problema do Serviço

Nacional de Saúde é a suborçamentação. O que é que acontece? Os hospitais e as outras unidades de saúde

não têm nem orçamento nem autonomia de contratação. Naturalmente, não fecham as portas aos utentes, mas

não conseguem adaptar as estruturas à resposta que precisam de dar a esses mesmos utentes. O que é que

acontece? Como o orçamento não está disponível ao princípio, os hospitais vão acabar sempre por contrair

dívida e por fazer despesa da pior maneira. Não se contrata mais pessoal, mas, depois, gastam-se 260 milhões

de euros em horas extraordinárias, com aqueles que já estão muito cansados. Não há mais vagas, não há

exclusividade, mas há, só em pagamentos de prestação de serviços a médicos, 105 milhões de euros, e isto só

Páginas Relacionadas
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 11 4 que baixa à 7.ª Comissão; n.º 100/XIV/1.ª (PEV)
Pág.Página 4
Página 0005:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 5 Sr. Primeiro-Ministro, se estes factos são positivos e se
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 11 6 O Sr. Primeiro-Ministro (António Costa): — Sr.
Pág.Página 6
Página 0007:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 7 intensidade do trabalho, assim como a composição do agrega
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 11 8 estudantes, sendo que, na próxima semana, terá
Pág.Página 8
Página 0009:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 9 Os juros de depósitos a prazo, de obrigações, os di
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 11 10 O que vou dizer agora, penso, é insuperável na
Pág.Página 10
Página 0011:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 11 O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Depu
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 11 12 hipótese de voltar a relançar, em Portugal, o
Pág.Página 12
Página 0013:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 13 Vozes do PSD: — Ah!... O Sr. Primeiro-Minis
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 11 14 Aplausos do BE. Quer um facto? S
Pág.Página 14
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 11 16 num ano. Estes são números de 2018. Não há din
Pág.Página 16
Página 0017:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 17 ano passado para este ano, porque, se compararmos com o q
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 11 18 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Dois an
Pág.Página 18
Página 0019:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 19 em 17% as verbas a atribuir, mas, felizmente, houve muito
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 11 20 ao mesmo tempo que sempre que se trata dos gru
Pág.Página 20
Página 0021:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 21 Foi com muita satisfação que vimos constar da agenda estr
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 11 22 São precisamente aqueles que têm menos dinheir
Pág.Página 22
Página 0023:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 23 Aplausos do PS. Quanto à ADSE, Sr.ª D
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 11 24 A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Não!
Pág.Página 24
Página 0025:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 25 O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado,
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 11 26 O Sr. Primeiro-Ministro: — … e já eram
Pág.Página 26
Página 0027:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 27 subterrâneas autónomas, à promoção e articulação com a en
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 11 28 Relativamente à última questão, devo dizer que
Pág.Página 28
Página 0029:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 29 O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-M
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 11 30 O Sr. Primeiro-Ministro: — Há um juízo que não
Pág.Página 30
Página 0031:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 31 O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 11 32 Por minha iniciativa, foi agora criada, no qua
Pág.Página 32
Página 0033:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 33 O Sr. JoãoCotrimdeFigueiredo (IL): — Sr. Presidente, Sr.
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 11 34 Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-M
Pág.Página 34
Página 0035:
28 DE NOVEMBRO DE 2019 35 O Sr. Presidente: — Vai, portanto, interpelar a Me
Pág.Página 35