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I SÉRIE — NÚMERO 12

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instalações indignas, paredes cheias de bolor, condições de terceiro mundo, que são causa de indignação. A

notícia é fresca, mas fresca, fresca é a realidade, porque os profissionais têm de usar polos, porque o frio que

passam lá dentro a isso obriga.

O que Portugal precisa não é de uma ministra da doença; o que Portugal precisa é de uma ministra dos

doentes, porque por detrás de cada dor, de cada aflição, de cada final anunciado está uma pessoa concreta que

sofre e que não é um número desalmado na estatística de que V. Ex.ª tanto fala.

Sr.ª Ministra, na saúde é urgente fazer regressar a compaixão, na política é urgente regressar à verdade,…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — …enquanto os portugueses ainda acreditam que dois mais dois são

quatro.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos, do Grupo Parlamentar do PCP.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª

Ministra, gostaria de trazer aqui uma questão que não resultou de uma qualquer precipitação, pois há muito que

estavam identificadas dificuldades, nomeadamente quanto ao número de pediatras no Hospital Garcia de Orta.

Gostaria de dizer que o que aconteceu relativamente ao encerramento destas urgências pediátricas significa

um retrocesso de 30 anos para a população abrangida por este hospital…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … e significa uma forte penalização para estas crianças e jovens no que

respeita ao acesso à saúde.

Não venha a Sr.ª Ministra dizer que o alargamento do horário dos centros de saúde são uma solução, porque

a Sr.ª Ministra sabe tão bem quanto nós que não são.

O que aconteceu no Hospital Garcia de Orta é não só resultado do desinvestimento mas é também resultado

da não adoção de medidas concretas para a resolução deste problema, que há muito que estava identificado e

há muito que deviam ter sido tomadas medidas.

Mas, Sr.ª Ministra, para além da necessidade de resolução do problema e de garantir o funcionamento das

urgências pediátricas, queria colocar-lhe também uma outra questão, porque, ontem, o Sr. Primeiro-Ministro não

respondeu e esperamos que hoje a Sr.ª Ministra responda: há ou não, por parte do Governo, intenção de

concentrar o funcionamento das urgências pediátricas no período noturno num único hospital na península de

Setúbal?

É que, se assim for, isto significa não só a não resolução do problema mas também concentrar e reduzir

valências e com isso criar dificuldades para as crianças e jovens desta região.

Sr.ª Ministra, refiro-me agora a mais situações que resultam da falta de tomada de medidas no Serviço

Nacional de Saúde, dando-lhe exemplos concretos: a Unidade de Saúde Familiar de Miranda do Corvo, em

Coimbra, esteve encerrada ontem por falta de assistentes técnicos e só reabriu hoje às 12 horas, sendo que

tiveram de deslocalizar dois assistentes técnicos para que essa unidade pudesse funcionar; há grandes

preocupações quanto ao funcionamento dos Serviços de Pediatria e Neonatologia do Hospital das Caldas da

Rainha e da Maternidade de Castelo Branco; está em curso a concentração do internamento de pneumologia

no HUC (Hospital da Universidade de Coimbra), perdendo o Hospital dos Covões esta valência e perdendo-se

também uma equipa multidisciplinar de profissionais altamente valorizada.

Sr.ª Ministra, estamos a falar de situações concretas que ocorrem um pouco por todo o País, revelando que

há necessidade de investir no Serviço Nacional de Saúde e que há necessidade de contratar mais profissionais

e de recuperar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde.

Mas podemos dizer mais: há centros de saúde e hospitais que funcionam em instalações com péssimas

condições. Exemplo disso é o Hospital da Figueira da Foz, onde, desde a tempestade Leslie se agravaram as

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